Arquivo mensal: maio 2019

Holograma Quântico criado por Físicos…

Até recentemente, os cientistas não achavam que isso poderia ser feito. Eles pensavam que as leis fundamentais da física proibiam. Mas um grupo persistente de cientistas da Universidade de Varsóvia, na Polônia, conseguiu o impossível: eles criaram um holograma de uma única partícula de luz. Essa conquista está inaugurando uma nova era de holografia quântica, o que dará aos cientistas uma nova maneira de olhar para fenômenos quânticos. Ao contrário da fotografia, a holografia recria a estrutura espacial dos objetos, dando-nos as suas formas 3D. A técnica tira proveito de algo chamado de interferência clássica, que é quando duas ondas se encontram e formam uma nova onda.

Mas a interferência clássica é impossível com fótons uma vez que suas fases (uma propriedade das ondas) estão em constante flutuação. Assim, os físicos de Varsóvia tentaram dar aos hologramas quânticos um gosto de seu próprio veneno: eles usaram a interferência quântica, na qual as funções de onda dos fótons (que têm a ver com a probabilidade da partícula estar em um estado particular) interagem.

“A função de onda é um conceito fundamental na mecânica quântica e o núcleo de seu princípio mais importante, a equação de Schrödinger”, de acordo com o site Phys.org. “Nas mãos de um especialista físico, a função pode ser comparada a massa nas mãos de um escultor. Quando usada habilmente, ela pode ser usada para “moldar” um modelo de um sistema de partículas quânticas”.

MPor que fótons?

Enquanto filmavam os pares de comportamento de fótons, Radoslaw Chrapkiewicz e Michal Jachura, dois dos pesquisadores, notaram algo chamado de interferência de dois fótons. Na interferência de dois fótons, pares de fótons distinguíveis agem aleatoriamente ao entrar em um divisor de feixe (que divide um raio de luz).

Mas os fótons não distinguíveis apresentam interferência quântica, o que afeta seu comportamento. Os pares são sempre ou transmitidos ou refletidos juntos.

“Após esta experiência, fomos inspirados a perguntar se a interferência quântica de dois fótons poderia ser usada de forma semelhante à interferência clássica na holografia, a fim de usar fótons de estado conhecido para ganhar ainda mais informações sobre fótons de estado desconhecido”, explica Chrapkiewicz.

“Nossa análise nos levou a uma conclusão surpreendente: descobrimos que quando dois fótons apresentam interferência quântica, o curso desta interferência depende da forma de suas frentes de onda [uma superfície imaginária que une todos os pontos adjacentes com a mesma fase]”.

Compreender a mecânica quântica

Esta experiência tem enormes implicações para a nossa compreensão das leis fundamentais da mecânica quântica, um campo da física que tem deixado cientistas perplexos há mais de um século. Ela permite aos cientistas obter informações valiosas sobre a fase da função de onda de um fóton.

“Nossa experiência é uma das primeiras que nos permite observar diretamente um dos parâmetros fundamentais da função de onda do fóton – a sua fase – trazendo-nos um passo mais perto de compreender o que a função de onda realmente é”, diz Jachura.

Os pesquisadores esperam aplicar este método para criar hologramas de objetos quânticos mais complexos, que possam ter implicações que se estendem para além da ciência fundamental, chegando em aplicações do mundo real.

“Todos nós, físicos, devemos primeiro colocar nossas cabeças em torno desta nova ferramenta”, disse Konrad Banaszek, pesquisador do experimento.”É provável que as aplicações reais da holografia quântica não apareçam por algumas décadas ainda, mas se há uma coisa que podemos ter certeza, é que elas serão surpreendentes”. [Science Alert]

Os cálculos batem: nosso universo pode ser um holograma…

Tudo o que você vê, ouve, toca ou cheira pode ser fruto das vibrações de cordas infinitamente finas que existem em um mundo de dez dimensões. Uma espécie de holograma – enquanto o mundo “real” seria um cosmo de uma dimensão e sem gravidade, ditado pelas leis da física quântica.

Soa como loucura? Não para o físico teórico Juan Maldacena, que propôs o modelo em 1997.

Complexo (especialmente para quem não é da área), esse modelo pode ajudar a resolver incoerências entre a física quântica e a teoria da relatividade de Einstein, facilitando o diálogo entre físicos e matemáticos.

Apesar de sua importância, ao longo de mais de quinze anos a proposta de Maldacena permaneceu sem comprovações consistentes. Pensando nisso, o físico Yoshifumi Hyakutake, da Universidade de Ibaraki (Japão), reuniu uma equipe para colocar o modelo a prova.

Expansão do Universo…

Quando a sopa é aquecida, ela começa a ferver. Quando o tempo e o espaço são aquecidos, um universo em expansão pode emergir, sem a necessidade de qualquer evento extraordinário como um “Big Bang”.

Esta fase de transição entre um espaço vazio e sem graça para um universo em expansão contendo massa foi agora descrita matematicamente por uma equipe de pesquisa da Universidade de Tecnologia de Viena, na Áustria, juntamente com colegas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, também nos EUA, e da Universidade de Edimburgo, na Escócia.

A ideia por trás deste resultado é uma conexão notável entre a teoria quântica de campos e teoria da relatividade de Einstein.

Todo mundo sabe das transições entre as fases líquida, sólida e gasosa da matéria. No entanto, os físicos Steven Hawking e Don Page já apontaram, em 1983, que o tempo e o espaço também podem sofrer uma transição de fase semelhante. Eles calcularam que um determinado espaço vazio pode se transformar em um buraco negro a uma temperatura específica.

Pode um processo similar a este criar todo um universo em expansão assim como o nosso? Daniel Grumiller, da Universidade de Tecnologia de Viena, pesquisou este assunto juntamente com colegas dos EUA e da Grã-Bretanha. Seus cálculos mostram que há realmente uma temperatura crítica em que um espaço-tempo plano e vazio se transforma em um universo em expansão com massa. “O espaço-tempo vazio começa a ferver, forma pequenas bolhas. Uma destas bolhas se expande e, eventualmente, domina todo o espaço-tempo”, explica Grumiller.

Para que isso seja possível, o universo tem de rotacionar – ou seja, a receita para a criação do universo é fundamentalmente “aquecer e agitar”. Entretanto, a rotação necessária pode ser arbitrariamente pequena. Primeiramente, um espaço-tempo com apenas duas dimensões espaciais foi considerado. “Mas não há nenhuma razão para que o mesmo não seja verdade para um universo com três dimensões espaciais”, diz Grumiller.

O modelo de fase de transição não tem o objetivo de substituir a teoria do Big Bang. “Hoje, os cosmólogos sabem muito sobre o início do universo – não estamos desafiando suas descobertas. Estamos interessados ​​na questão de que as transições de fase são possíveis para o tempo e o espaço e como a estrutura matemática do espaço-tempo pode ser descrita”, explica.

A nova teoria é o próximo passo lógico após a chamada “correspondência AdS-CFT”, uma conjectura apresentada em 1997, que influenciou fortemente as investigações fundamentais da física desde então. A correspondência descreve uma ligação peculiar entre as teorias da gravidade e a quântica de campos – duas áreas que, à primeira vista, não têm muito em comum.

Entretanto, em certos casos-limites, de acordo com a AdS-CFT, declarações de teorias quânticas podem ser traduzidas em afirmações sobre teorias gravitacionais e vice-versa. Isso é quase tão surpreendente quanto a ideia de se fazer declarações sobre uma pedra caindo no chão baseado no cálculo da temperatura de um gás quente. Duas áreas completamente diferentes estão sendo conectadas – mas funciona.

Nesse tipo de correspondência, a teoria quântica de campos é sempre descrita em uma dimensão a menos do que a teoria gravitacional. Isso é chamado de “princípio holográfico”. Semelhante a um holograma bidimensional que pode representar um objeto tridimensional, uma teoria quântica de campos com duas dimensões espaciais pode descrever uma situação física em três dimensões.

Para fazer isso, os cálculos gravitacionais geralmente têm que ser feitos a partir de um espécie exótica de geometria: a chamada “anti-de Sitter”, que é bastante diferente da geometria plana com a qual estamos acostumados. Todavia, pesquisadores suspeitam de que pode haver uma versão semelhante do “princípio holográfico” para espaços-tempos planos. Por muito tempo, no entanto, não existia modelo algum capaz de mostrar isso.

No ano passado, Daniel Grumiller e seus colegas conseguiram desenvolver um modelo deste tipo (em duas dimensões espaciais, para simplificar). Isto levou à questão atual: transições de fase em teorias quânticas de campo são bem conhecidas, mas, por razões de simetria, isto significaria que as teorias gravitacionais deveriam apresentar transições de fase também.

“No começo, este era um mistério para nós”, diz Daniel Grumiller. “Isto significaria uma fase de transição entre um espaço-tempo vazio e um universo em expansão. Para nós, isto soa extremamente improvável”. No entanto, foi exatamente isto que os cálculos mostraram. “Estamos apenas começando a entender estas incríveis relações de correspondência​​”, conta Grumiller. Quais novas ideias sobre nosso próprio universo podem resultar a partir desta descoberta é difícil dizer – apenas o espaço-tempo nos dirá. [Phys]

Por meio de simulações computacionais de alta precisão, os pesquisadores calcularam a energia interna de um buraco negro e a energia interna de um cosmo sem gravidade (que é parte fundamental do modelo de Maldacena). Os dois cálculos batem.

Isso traz evidências de que há coerência entre o modelo teórico e o nosso universo percebido, apesar das diferenças, e dá base para expandir teorias da física quântica. [Scientific American]

Ação fantasmagórica à distância agora é visível…

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Entrelaçamento quântico em escala humana…

Inicialmente se pensava que a mecânica quântica estaria restrita ao reino dos átomos e moléculas. Mas, aos poucos, o mundo quântico começou a comunicar-se com o mundo macro e, com o aprimoramento do conhecimento e das técnicas, a física quântica está virando uma realidade tangível – verificável ao nível macroscópico.

Numa demonstração cabal dessa “grandeza” da física quântica, uma equipe finlandesa acaba de gerar o entrelaçamento quântico – a propriedade fundamental que, ao lado da superposição, alicerça todo o trabalho da computação quântica – entre dois objetos maciços, visíveis a olho nu.

Os dois objetos são microtambores, cada um com o diâmetro de um fio de cabelo humano, fabricados com alumínio sobre uma base de silício. Em termos de dimensões, eles estão para os qubits atômicos assim como a Terra está para um estádio de futebol.

Depois de postos para vibrar, os dois tambores foram colocados em sintonia por meio de um circuito supercondutor operando na faixa das micro-ondas. Os campos eletromagnéticos gerados por esse circuito capturaram toda a agitação termal das moléculas dos tambores, resfriando-os e deixando-os apenas com as vibrações quânticas.

A -273º C, os dois tambores atingiram o estado do entrelaçamento – a partir daí, qualquer alteração em um deles passou a afetar instantaneamente o outro, o que é o mecanismo básico de operação dos qubits dos computadores quânticos.

De forma notável, o experimento em nível macro permitiu que o estado de entrelaçamento persistisse por quase uma eternidade em termos quânticos: meia hora – os qubits normalmente perdem suas conexões em questão de microssegundos.

Ação fantasmagórica à distância…

Esta demonstração não apenas abre as portas para novos tipos de tecnologias e sensores quânticos, como também possibilita estudos da física fundamental, por exemplo, na interação pouco compreendida da gravidade e da mecânica quântica- lidar com a gravidade em um objeto macro é muito mais fácil do que tentar medir o efeito da gravidade sobre um átomo.

“Essas medições são difíceis, mas fascinantes. No futuro, tentaremos teletransportar as vibrações mecânicas. No teletransporte quântico, as propriedades dos corpos físicos podem ser transmitidas através de distâncias arbitrárias usando o canal da ‘ação fantasmagórica à distância’, disse Caspar Korppi, da Universidade de Aalto, na Finlândia. Fonte

Quasipartículas tornam mecânica quântica visível a olho nu…

Tornados quânticos tornam mecânica quântica visível a olho nu

“Rios” de polaritons descem as colinas e giram em movimentos quantizados – a estrutura tem a dimensão de um fio de cabelo humano, e seus efeitos podem ser vistos com um microscópio óptico. [Imagem: Natasha Berloff/DAMTP]

Tornados quânticos

Tornados são eventos imprevisíveis e sobre os quais o homem ainda não tem nenhum controle, o que os torna extremamente destrutivos.

Mas tornados quânticos são bem mais comportados e, como tal, com grande potencial para serem úteis.

Cientistas agora conseguiram domar esses tornados quânticos, colocando-os em fileiras bem cerradas e sob controle preciso.

Isso abre o caminho para a fabricação de circuitos quânticos e chips capazes de medir o movimento com uma precisão sem precedentes.

Mas, mais do que isso, tornam possível observar os estranhos fenômenos da mecânica quântica a olho nu ou, no máximo, com o auxílio de um microscópio óptico.

Polaritons

Controlando como os elétrons se movem, para onde eles podem ir e como eles interagem com a luz, a equipe criou um tipo de partícula quântica – uma quasipartícula – conhecida como polariton.

“Sendo meio luz e meio matéria, essas partículas são leves como penas e muito rápidas, espalhando-se e cascateando de forma muito parecida com a água descendo uma montanha,” disse o professor Jeremy Baumberg, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Mas, embora sejam quasipartículas, esses tornados são enormes para os padrões da mecânica quântica, medindo o equivalente ao diâmetro de um fio de cabelo humano.

Isso significa que eles podem ser vistos a olho nu, e seus efeitos podem ser observados por meio de um microscópio óptico de pequeno aumento.

Estados quânticos macroscópicos

Criando polaritons no topo de várias “colinas” e deixando-os fluir ladeira abaixo, o grupo foi capaz de formar arranjos de centenas de tornados quânticos espiralando em direções alternadas ao longo de canais bem definidos.

Alterando o número de vales, a distância entre eles e a taxa de geração dos polaritons, os pesquisadores podem variar a separação, o tamanho e número dos tornados.

Isto torna realidade o sonho antigo de criar e controlar estados quânticos macroscópicos.

Por exemplo, os tornados quânticos se comportam de forma totalmente estranha, ao menos em relação aos tornados tradicionais.

Os vórtices quânticos só podem girar em movimentos quantizados, e os “líquidos” na parte superior das várias colinas sincronizam-se tão logo os tornados se misturam nos vales – apenas dois exemplos da mecânica quântica, que agora podem ser vistos diretamente.

Interferômetros de polaritons

Os tornados quânticos podem ser reconfigurados em tempo real, abrindo caminho para aplicações no controle de circuitos quânticos.

Com configurações arbitrárias de polaritons será possível observar superposições quânticas ainda mais complicadas.

E permitirá ainda a construção de interferômetros de polaritons, aparelhos que serão capazes de medir movimentos e irregularidades de superfícies, detectando mesmo as mais ligeiras alterações do ambiente.

Bibliografia:
Geometrically locked vortex lattices in semiconductor quantum fluids
G. Tosi, G. Christmann, N.G. Berloff, P. Tsotsis, T. Gao, Z. Hatzopoulos, P.G. Savvidis, J.J. Baumberg
Nature Communications
Vol.: 3, Article number: 1243
DOI: 10.1038/ncomms2255

Entenda o que é Mecânica Quântica…

Imagem relacionadaO que é a Mecânica Quântica (física quântica)?

Mecânica Quântica é a parte da Física (mais particularmente, da Física moderna) que estuda o movimento das partículas muito pequenas. O conceito de partícula “muito pequena” , mesmo que de limites muito imprecisos, relaciona-se com as dimensões nas quais começam-se a notar efeitos como a impossibilidade de conhecer com infinita acuidade e ao mesmo tempo a posição e a velocidade de uma partícula (veja Princípio da incerteza de Heisenberg), entre outras. A ditos efeitos chama-se “efeitos quânticos”. Assim, a Mecânica Quântica é a que descreve o movimento de sistemas nos quais os efeitos quânticos são relevantes. Experimentos mostram que estes são relevantes em escalas de até 1000 átomos. Entretanto, existem situações onde mesmo em escalas macroscópicas, os efeitos quânticos se fazem sentir de forma manifestamente clara, como nos casos da supercondutividade e da superfluidez A escala que regula em geral a manifestação dos efeitos quânticos é o raio de Bohr.

Principios da Mecanica Quântica…

  • Primeiro principo: Principio da superposição

Para cada sistema físico é associado um espaço de Hilbert εH. O estado do sistema é definido em cada instante por um vetor normado |\psi(t) \rangle de εH.

  • Segundo Principio: medida de grandezas Físicas

a) Para toda grandeza Física A é associado um operador linear auto-adjunto Â pertencente a A é o observavel representando a grandeza A.

b) Seja |\psi(t) \rangle o estado no qual o sistema se encontra no momento onde efetuamos a medida de A. Qualquer que seja |\psi(t) \rangle, os unicos resultados possiveis são os autovalores de aα do observavel Â.

c) Sendo \hat{A}_{\alpha} o projetor sobre o subespaço associado ao valor proprio aα, a probablidade de encontrar o valor aα em uma medida de A é:

\mathcal{P}(a_{\alpha})=\|\psi_{\alpha}\|^2 onde |\psi_{\alpha}\rangle =\hat{A}_{\alpha}

d) Imediatamente após um medida de A, que resultou no valor aα, o novo estado |\psi' \rangle do sistema é

|\psi' \rangle={|\psi_{\alpha} \rangle}/{\|\psi_{\alpha}\|^2}
  • Terceiro Principio: Evolução do sistema

Seja |\psi(t) \rangle o estado de um sistema ao instante t. Se o sistema não é submetido a nenhuma observação, sua evolução ao longo do tempo é regido pela equação de Schrödinger:

i\hbar\frac{d}{dt}|\psi(t) \rangle =\hat{H}|\psi(t) \rangle

onde \hat{H} é o observavel energia, ou hamiltoneana do sistema.

A mecânica quântica é o ramo da física que estuda os objetos em escala muito pequenas, e a física moderna é dominada pelos seus conceitos.

As conclusões mais importantes desta teoria são:

Em estados ligados, como o elétron girando ao redor de um átomo, a energia não se troca de modo contínuo, mas sim em de modo discreto (descontínuo), em transições cujas energias podem ou não ser iguais umas às outras. A idéia de que estados ligados têm níveis de energias discretas é devida a Max Planck.

O de ser impossível atribuir ao mesmo tempo uma posição e uma velocidade exatas a uma partícula, renunciando-se assim ao conceito de trajetória, vital em Mecânica Clássica. Ao invés da trajetória, o movimento de partículas em Mecânica Quântica é descrito por meio de uma função de onda, que é uma função da posição da partícula e do tempo. A função de onda é interpretada por Max Born como uma medida da probabilidade de se encontrar a partícula em determinada posição e em determinado tempo. Esta interpretação é a mais aceita pelos físicos hoje, no conjunto de atribuições da Mecânica Quântica regulamentados pela Escola de Copenhagen. Para descrever a dinâmica de um sistema quântico deve-se, portanto, achar sua função de onda, e para este efeito usam-se as equações de movimento, propostas por Werner Heisenberg e Erwin Schrödinger independentemente.

Apesar de ter sua estrutura formal basicamente pronta desde a década de 1930, a interpretação da Mecânica Quântica foi objeto de estudos por várias décadas. O principal é o problema da medida em Mecânica Quântica e sua relação com a não-localidade e causalidade. Já em 1935, Einstein, Podolski e Rosen publicaram seu Gedankenexperiment, mostrando uma aparente contradição entre localidade e o processo de Medida em Mecânica Quântica. Nos anos 60 J. S. Bell publicou uma série de relações que seriam respeitadas caso a localidade — ou pelo menos como a entendemos classicamente — ainda persistisse em sistemas quânticos. Tais condições são chamadas desigualdades de Bell e foram testadas experimentalmente por A. Aspect, P. Grangier, J. Dalibard em favor da Mecânica Quântica. Como seria de se esperar, tal interpretação ainda causa desconforto entre vários físicos, mas a grande parte da comunidade aceita que estados correlacionados podem violar causalidade desta forma.

Tal revisão radical do nosso conceito de realidade foi fundamentada em explicações teóricas brilhantes para resultados experimentais que não podiam ser descritos pela teoria Clássica, que incluem:

Espectro de Radiação do Corpo negro, resolvido por Max Planck com a proposição da quantização da energia. Explicação do experimento da dupla fenda, no qual elétrons produzem um padrão de interferência condizente com o comportamento ondular. Explicação por Albert Einstein do efeito fotoelétrico descoberto por Heinrich Rudolf Hertz, onde propõe que a luz também se propaga em quanta (pacotes de energia definida), os chamados fótons.

O Efeito Compton, no qual se propõe que os fótons podem se comportar como partículas, quando sua enegia for grande o bastante. A questão do calor específico de sólidos sob baixas temperaturas, cuja discrepância foi explicada pelas teorias de Einstein e de Debye, baseadas na equipartição de energia segundo a interpretação quantizada de Planck. A absorção ressonante e discreta de energia por gases, provada no experimento de Franck-Hertz quando submetidos a certos valores de diferença de potencial elétrico. A explicação da estabilidade atômica e da natureza discreta das raias espetrais, graças ao modelo do átomo de Bohr, que postulava a quantização dos níveis de energia do átomo.

O desenvolvimento formal da teoria foi obra de esforços conjuntos de muitos físicos e matemáticos da época como Erwin Schrödinger, Werner Heisenberg, Einstein, P.A.M. Dirac, Niels Bohr e John von Neumann, entre outros (de uma longa lista). Em geral, a região de origem da Mecânica Quântica pode localizar-se na Europa Central, na Alemanha e Áustria, bem como a Inglaterra, e no contexto histórico do primeiro terço do século XX. 

Formalismos na Mecânica Quântica…

É importante ressaltar que a Mecânica Quântica, assim como acontece com a mecânica clássica, pode ser apresentada de formas diferentes.

A mecânica clássica, por exemplo, pode ser descrita na linguagem das forças, que é a forma mais antiga, devida à Newton. Foi muito bem sucedida na explicação de vários fenômenos. Mais tarde, o formalismo lagrangeano, onde o conceito mais importante não é a força, mas a energia e ação, sendo que esta última é definida em termos da energia potencial e da energia cinética.

Depois, o formalismo hamiltoniano, baseado formalmente na lagrangiana, mas com desenvolvimento matemático muitas vezes mais fácil. Fonte

Mecânica Quântica – Saindo da Caixa

Durante o século passado, o mundo físico era explicado de acordo com os princípios da mecânica clássica, ou newtoniana. No entanto, no final do século, essa mecânica já não era suficiente para explicar alguns questionamentos que começaram a aparecer. Por isso, foram desenvolvidas as Teorias da Relatividade e da Mecânica Quântica.

A Relatividade é a teoria que descreve a física de objetos muito maciços e de alta velocidade, enquanto a Mecânica Quântica, ou Física Quântica, estuda a física de objetos muito pequenos.

Muitas das equações da mecânica clássica, que descrevem como as coisas se movem em tamanhos e velocidades no nosso cotidiano, deixam de ser úteis na escala de átomos e elétrons, que agora pode ser explicada pelos princípios da mecânica quântica.

1. As partículas são ondas, e vice-versa…

Na escala macroscópica, estamos habituados a dois tipos de fenômenos: ondas e partículas.

As partículas ocupam determinado lugar no espaço, transportando massa e energia à medida que se movem. Já as ondas se propagam por todo o espaço, transportando energia à medida que se movem, mas sem massa.

Quando as partículas colidem, elas assumem trajetórias definidas, que podem ser calculadas por meio das leis de movimento de Newton. Já as ondas, quando passam por fendas, geram novas ondas, que ao colidir, podem se reforçar ou se anular.

Porém, na mecânica quântica, essa distinção entre ondas e partículas já não existe. Os objetos que normalmente vemos como partículas, como os elétrons, podem comportar-se como ondas em certas situações, enquanto objetos que normalmente pensamos como ondas, como a luz, podem comportar-se como partículas.

Assim, os elétrons podem criar padrões de difração de onda ao passar por fendas estreitas, assim como as ondas surgem em um lago quando jogamos uma pedra na água. Por outro lado, o efeito fotoelétrico (ou seja, a absorção de luz por elétrons em objetos sólidos) só pode ser explicado se a luz estiver como partícula.

Tais ideias levaram De Broglie a concluir que todas as entidades tinham aspectos de onda e de partículas, e que diferentes aspectos eram manifestados de acordo com o tipo de processo submetido. Isso se tornou conhecido como o Princípio da Dualidade Partícula-onda.

2. Tudo que podemos saber são probabilidades…

Quando os físicos usam a mecânica quântica para prever os resultados de uma experiência, a única coisa que podem prever é a probabilidade de detectar um dos possíveis resultados.

Por exemplo, se fizermos um experimento onde um elétron irá parar no lugar A ou B, ao fim, poderemos dizer que existe uma probabilidade de 17% de encontrá-lo no ponto A e uma probabilidade de 83% de encontrá-lo no ponto B. Porém, nunca poderemos dizer com certeza que o elétron definitivamente acabará em A ou em B.

Não importa quão cuidadoso seja o preparo de cada elétron, não poderemos saber definitivamente qual será o resultado do experimento. Cada elétron é uma experiência completamente nova, e o resultado final é aleatório.

3. A medição determina a realidade…

Até o momento em que o estado exato de uma partícula quântica é medido, esse estado é indeterminado. Somente depois que a medição é feita, o estado da partícula será determinado, e todas as medidas subsequentes naquela partícula produzirão exatamente o mesmo resultado.

Esse é problema que inspirou o experimento de Erwin Schrödinger, do gato na caixa que pode estar vivo e morto ao mesmo tempo.

O experimento com uma fenda dupla confirma essa indeterminação. Até que a posição do elétron seja medido no lado oposto da fenda, ele poderá existir em todos os caminhos possíveis.

Uma partícula quântica pode e vai ocupar vários estados até o momento em que for medida, e após sua medição ela existirá em apenas um estado.

4. As correlações quânticas não são locais…

Uma das consequências mais estranhas e mais importantes dessa física é a ideia de “emaranhamento quântico”.

Quando duas partículas quânticas interagem, seus estados irão depender um do outro, independentemente de quão distantes estejam.

Você pode segurar uma partícula no Brasil e enviar a outra para Portugal, e depois medi-las simultaneamente. O resultado da medição no Brasil determinará o resultado da medida em Portugal e vice-versa.

A correlação entre esses estados não pode ser descrita por qualquer teoria local, na qual as partículas possuem estados definidos.

Esses estados são indeterminados até o instante em que um é medido, porém no momento em que os estados de ambos forem determinados, não importa o quão distante eles estejam.

Isso foi confirmado experimentalmente dezenas de vezes ao longo dos últimos trinta anos, com átomos pares, e cada nova experiência reforçou essa teoria.

Apesar da medida em Portugal determinar o estado de uma partícula no Brasil, o resultado de cada medida será completamente aleatório.

Não há como manipular a partícula portuguesa para produzir um resultado específico no Brasil. A correlação entre as medidas só será evidente após a ação, quando os dois resultados forem comparados, e esse processo deve ocorrer em velocidades mais lentas do que a da luz.

5. A física quântica é real…

Apesar da mecânica quântica ter muitos recursos que desafiam nossa intuição clássica, como os estados indeterminados, medidas probabilísticas e efeitos não locais, ela ainda está sujeita à regras.

Por mais estranhas que sejam suas previsões, a mecânica quântica não contraria os princípios fundamentais da física. Ou seja, você não pode explorar os efeitos quânticos para construir uma nave que viaje na velocidade da luz, ou inventar a telepatia.

A mecânica quântica é uma ciência matemática rigorosa e precisa, e todo efeito que você ouve sobre ela é real e confirmado por experiências.

E onde encontro a física quântica no meu dia-a-dia?…

A física quântica está ao nosso redor, e determina tudo sobre o mundo em que vivemos. O brilho vermelho no metal quando aquecido e a cor da luz de uma lâmpada de néon são devidos à natureza quântica da luz e dos átomos.

O próprio Sol é alimentado pela física quântica! Se não fosse pelo efeito quântico conhecido como “tunelamento”, o Sol não seria capaz de fundir hidrogênio em hélio, produzindo a luz que permite a vida na Terra.

Além disso, os computadores modernos que temos são construídos em chips de silício, que contém milhões de pequenos transistores. Sem entender a física quântica de como átomos e elétrons agem, seria impossível construir um único transistor, e muito menos milhões deles.

As redes de telecomunicações modernas, como a Internet, também dependem da Mecânica Quântica. Nelas, as informações são transmitidas por meio de pulsos de luz que viajam por cabos de fibra óptica.

Esses pulsos de luz são produzidos por lasers de diodo, que usam pequenos chips de semicondutores para gerar feixes intensos de luz. A construção dos lasers que carregam a Internet seria impossível sem entender a física quântica dos semicondutores e a natureza quântica da luz. Fonte

Ou seja, muito da tecnologia que temos hoje em dia existe graças à Mecânica Quântica.

O Evento…

O Evento e a Libertação do Planeta Terra Descubra como pode ajudarO Evento é o Avanço por Compressão…

O Avanço por Compressão é quando as forças da Luz acima e abaixo da superfície do planeta se encontram na superfície do mesmo. Espero que todos nós concordemos que existem certas facções que suportam a Luz e apoiam a Libertação no interior do sistema solar. Existem algumas facções que apoiam a Luz e a Libertação do planeta que existem abaixo da superfície. Eles estão a progredir em direcção à superfície do planeta porque a superfície do planeta é o campo de batalha principal e é o foco principal de toda esta situação que não se limita apenas ao planeta Terra. Quando este Avanço acontecer, isso será aquilo a que chamamos o Evento. O Evento é, na realidade, muitas coisas ao mesmo tempo. É quando as forças da Luz assumem o controlo dos meios de comunicação social de massas e divulgam as informações sobre o envolvimento ET, sobre os crimes da cabala, sobre as tecnologias avançadas. É portanto a Divulgação Total. Isto é uma parte. Outra parte é a detenção em massa da cabala. A outra parte é a redefinição financeira que a Aliança Oriental tem vindo a preparar já desde há muito tempo. E, é claro, gradualmente caminhamos no sentido do Primeiro Contacto que é o contacto oficial e real entre a civilização da Terra e as outras civilizações ET positivas que existem por toda a galáxia. E o Evento é o ponto de partida que começa esse processo. Este é o resumo do que é o Evento. E, claro, temos o pulso do Sol Central Galáctico. O Sol Central Galáctico é uma entidade viva que sincroniza o pulso de energia de acordo com a nossa Consciência global, com o nível dessa Consciência e o nível do Despertar. E quando acontecer este Avanço por Compressão o nível de despertar será elevado o suficiente para a Humanidade receber esse pulso aumentado de energia do Centro Galáctico. (Fonte)

A Terra e os seus habitantes estão há 25.000 anos em quarentena. Nós temos sido manipulados por forças ocultas ou, como habitualmente lhes chamamos, a Cabala. Estamos agora a sair dessa quarentena depois de 25.000 anos de prisão. O nosso planeta é o último a ser libertado nesta galáxia. Isto é o Horizonte do Evento, ou O Evento.

O Evento e a Libertação do Planeta Terra Descubra como pode ajudar

O Evento será um momento de evolução extraordinário para o planeta, quer no plano físico quer no não físico.

No plano não físico haverá uma grande onda de Luz ou flash, de Energia Divina, de luz do Sol Central Galáctico directamente para a superfície do planeta. (O Sol Central Galáctico é um objecto na constelação de Sagitário). Será um flash, um tipo especial de Luz desse Sol que irá banhar a Terra e a Humanidade. Acalmará a Humanidade à Luz da energia do Amor e terminará  a Dualidade. É uma energia magnificente nunca antes vista ou sentida na Terra. Todos na Terra sentirão e saberão que algo aconteceu. Será uma surpresa pois ninguém sabe quando acontecerá, mesmo nós. Nunca aconteceu antes. Não será um evento de choque, será um evento positivo.

No plano físico haverá:

  • Detenções e desmantelamento das organizações criminosas que operam a nível planetário;
  • Reinicialização e redefinição dos sistemas Financeiro e Bancário;
  • A revelação das verdades e da verdadeira história da Humanidade, incluindo as relações com civilizações extraterrestres;
  • O começo de um novo sistema financeiro e económico, com fundos de prosperidade para todos.
  • Novos governos e sistemas Políticos, Educativos, de Saúde e de Ensino da nossa verdadeira história, entre outros.
  • Despertar lento e gradual da Humanidade para a existência de civilizações extraterrestres positivas, bem como das nossas famílias galácticas.
  • Introdução de tecnologias novas e avançadas.
  • A libertação de conhecimento para a evolução espiritual e cura para todos os seres humanos no planeta.
  • E há mais, muito mais que podemos esperar.

O que pode fazer “antes do Evento”?

Estamos prestes a viver uma libertação não violenta do planeta, simultaneamente com um futuro brilhante e belo para toda a Humanidade.

Por não sabermos o dia, mês ou ano exacto do “Evento” (sabemos que será em breve), será sensato tomar algumas precauções:

  • O Evento e a Libertação do Planeta Terra Descubra como pode ajudarTer comida para cerca de 2 semanas armazenada;
  • Medicamentos que necessitem, em quantidades extra para o mesmo período
  • Ter dinheiro extra em casa;
  • Encher o tanque do carro quando estiver a meio
  • Estar em contacto com este site para atualizações;
  • Aprender e ensinar outros como familiares e amigos
  • Aderir a uma das equipas neste site e ajudar à libertação do nosso belo planeta
  • Juntarem-se em grupos, todos os Domingos, para efectuar a meditação Semanal para o Evento e focarem-se em receber e integrar a Energia do Divino Feminino. Para mais informações consulte as nossas orientações para a Meditação Semanal para a Ascensão.

Para saber mais sobre o que esperar, a nível financeiro, após o Evento

A Humanidade entrará numa Era Dourada, os ecossistemas serão recuperados, todos terão as suas necessidades básicas asseguradas e a liberdade de verdadeiramente criar e viajar. Isto abrirá caminho para muitos mais passos na nossa evolução, muito além do nosso entendimento actual.

A data deste Evento não pode ser prevista. Existem muitos grupos envolvidos a nível mundial, e muitas informações têm de permanecer secretas, por agora, para assegurar o sucesso e segurança das operações.

Tudo o que podemos afirmar é que a data se aproxima. É por esse motivo que uma rede informativa e de suporte está a ser criada, por forma a que a população, na medida do possível, esteja preparada.

Criamos uma infraestrutura para que as pessoas se encontrem localmente e criem grupos que possam partilhar informações, levar a cabo iniciativas de solidariedade comunitária, como hortas ou refeições comunitárias, por forma a assegurar as necessidades básicas das pessoas que precisem, criando pontes entre os vários grupos e redes da nossa sociedade, estimulando a cooperação para garantir que todos têm aquilo que necessitam.

A Liberdade está próxima!…

Segredos do poder da manipulação mental…

controle-mental-escravos-sistemaEm geral, nós gostamos da ideia de sermos donos de nossas próprias escolhas. Mas será que somos mesmo?  Jay Olson, pesquisador do Departamento de Psiquiatria da Universidade McGill, em Montreal, no Canadá, acredita que não. O que a Psicologia está descobrindo cada vez mais é que muitas decisões que tomamos são influenciadas por fatores dos quais não temos consciência”, ele explica.

Recentemente, Olson desenvolveu um engenhoso experimento que demonstra como é fácil manipular alguém mesmo com uma persuasão quase imperceptível.controle-mental-tudo-esta-bem

Praticante de truques de mágica desde os 7 anos, Olson notou, quando começou a estudar Psicologia, que muito do que aprendia sobre a mente humana casava com aquilo que seu hobby já o tinha ensinado, principalmente no que se refere à atenção e à memória.

Em seu mestrado, ele realizou vários truques com voluntários, mas um em particular o ajudou a concluir fatos importantes sobre a influência e a persuasão. A mágica consiste em rapidamente manipular um baralho na frente de um voluntário e depois pedir para que ele escolha uma carta qualquer. O ilusionista, então, tira uma carta idêntica de seu bolso – para a surpresa e deleite da plateia.

O segredo do mágico é já escolher ele mesmo uma carta e passar alguns milésimos de segundo a mais com ela na mão enquanto o baralho é manipulado. Isso influencia o voluntário a pegar justamente aquela carta.

Olson percebeu que conseguiu direcionar 103 de 105 participantes (98%). Mas foi a segunda parte da experiência que mais surpreendeu o psicólogo. Quando interrogou os voluntários depois, viu que 92% deles não tinham ideia de que estavam sendo manipulados e acharam que estavam no total controle de sauas próprias decisões.

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O pesquisador também descobriu que aspectos como a personalidade do voluntário não tinham relação com o quanto ele pode ser influenciado – todos pareciam igualmente vulneráveis. As implicações dessa experiência vão muito além do palco e deveriam servir para reconsiderarmos nossas percepções sobre nossa vontade própria.

Apesar de termos uma grande sensação de liberdade, nossa capacidade de tomar decisões deliberadas pode ser uma ilusão. “A liberdade de escolha é só um sentimento – não está ligada à decisão em si”, afirma Olson.

Não acredita nele? Lembre-se quando você for a um restaurante. Segundo Olson, o cliente tem mais chances de pedir o prato que está no topo ou na parte de baixo do cardápio porque essas são as áreas que mais atraem o olhar. “Mas se alguém perguntar o porquê da sua escolha, você dirá que está com vontade de comer aquilo, sem perceber que o restaurante deu uma forcinha”, diz.

A psicóloga Jennifer McKendrick, da Universidade de Leicester, na Grã-Bretanha, concluiu, em um estudo, que o simples fato de um supermercado tocar uma música ambiente francesa ou alemã fazia as pessoas comprarem vinhos desses países.

Segundo membros da campanha de Al Gore à Presidência dos Estados Unidos em 2000, seus rivais republicanos faziam a palavra “RATS” (“ratazanas”) aparecer por milésimos de segundos em anúncios que traziam imagens do democrata, o que teria espantado muitos de seus eleitores.

O psicólogo Drew Westen, da Emory University, em Atlanta, criou um candidato fictício e inseriu a suposta mensagem subliminar em seus anúncios, notando que voluntários o avaliavam negativamente.

Outra experiência mostrou ainda que representantes de vendas por telefone registraram uma performance melhor apenas por ter visto a foto de um atleta ganhando uma corrida – mesmo sem se lembrarem dela depois.

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Evidentemente, esse tipo de conhecimento pode ser usado para a coerção se cair nas mãos erradas. Por isso, é importante saber quando outras pessoas estão tentando convencê-lo de algo sem que você perceba.

Com base em artigos científicos, aqui estão quatro atitudes manipuladoras fáceis de identificar:

1 – O poder do toque

Um tapinha nas costas seguido por um contato visual pode levar uma pessoa a baixar mais a guarda. É uma técnica que Olson usa em seus truques, mas que pode funcionar no cotidiano.

2 – A velocidade da fala

Olson diz que mágicos sempre tentam apressar seus voluntários para que eles escolham a primeira coisa que vem à sua mente – em geral a ideia que ele plantou. Uma vez que a pessoa fez sua opção, o performer passa a falar de maneira mais relaxada.

Ao se lembrar da experiência, o voluntário tende a pensar que o tempo todo foi livre para tomar suas próprias decisões, em seu ritmo.

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3 – Atenção a seu campo de visão

Ao passar mais tempo manipulando uma determinada carta de baralho, Olson a torna mais “saliente”, fazendo-a se fixar na mente do voluntário sem que este perceba.

Há muitas outras maneiras de fazer coisas semelhantes: colocar um objeto na linha do olhar da outra pessoa ou mover algo ligeiramente mais perto de um alvo, por exemplo. Pelos mesmos motivos, acabamos escolhendo a primeira coisa que nos é oferecida.

4 – Algumas perguntas plantam ideias

Quando alguém faz uma sugestão e pergunta aos demais coisas como “Por que você acha que isso é uma boa ideia?” ou “Na sua opinião, quais as vantagens disso?”, está, na realidade, deixando os outros se convencerem a respeito de certas questões por conta própria.

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Pode parecer óbvio, mas fazer com que as pessoas reflitam a partir de ideias embutidas nas perguntas significa que elas ficarão mais confiantes em tomar decisões de longo prazo – mesmo não tendo sido ideia delas. Fonte


Dizem que existem três tipos de pessoas no mundo:

  1. Aquelas que fazem as coisas acontecerem;
  2. Aquelas que observam as coisas acontecerem e
  3. Aquelas que ficam se perguntando o que aconteceu????
A vasta maioria da humanidade encontra-se nas duas últimas categorias. A maioria tem “olhos para ver”, mas não enxerga o que está acontecendo. A maioria tem “ouvidos para ouvir”, mas não compreende o que está acontecendo: “LOCAL, NACIONAL ou INTERNACIONALMENTE.”  

Efeito Borboleta – o que é…

1-bicLWALUv3nWsJiXJlPxhAO Efeito Borboleta é um dos resultados centrais da Teoria do Caos, que foi descoberta em em 1960 pelo matemático e meteorologista Edward Lorenz.

Em 1972, no título de um artigo, Lorenz perguntou: “Poderia um bater de asas de uma borboleta no Brasil, causar um tornado no Texas?”. Claro que um simples bater de asas de uma única borboleta não causa um tornado por conta própria. Existem milhares de borboletas e se cada uma delas causasse um tornado, o mundo seria um verdadeiro caos!

Não é disso que se trata o efeito borboleta, mas sim como pequenas mudanças nas condições iniciais de grandes sistemas, podem levar a mudanças drásticas nos resultados. Essa história de borboletas causarem tufões era apenas uma forma demonstrativa.

“Sistemas”, neste caso, poderia ser qualquer coisa sobre padrões climáticos, ou a forma como grandes grupos de asteroides se movem, ou simplesmente como as pessoas interagem. Por exemplo, usar uma simples espuma de banho na Europa, pode provocar a destruição dos ursos polares lá na Groenlândia!

Isso acontece porque as toxinas liberadas no ambiente percorrem milhares de quilômetros poluindo a água e se acumulando na gordura dos peixes e focas durante anos. Esse animais posteriormente serão comidos pelos ursos.

No final, a concentração de poluentes no sistema dos ursos polares causa desordens de comportamento e falhas na reprodução e no crescimento desses animais.

Viu como uma pequena coisa no início pode ter uma grande consequência no final? Esse é o efeito borboleta, que também tem um nome científico: Dependência sensível das condições iniciais.

Por dentro da descoberta…

O matemático e meteorologista, Edward Lorenz, estava usando um computador antigo para calcular padrões climáticos.

Ele já havia feito uma simulação quando resolveu repeti-la usando os mesmo dados. Porém, ao inserir alguns dados no sistema pela segunda vez, ele julgou que pequenas casas decimais dos números não fariam muita diferença no resultado final.

Na primeira vez, ele colocou números com seis casas decimais, mas ao refazer os resultados julgou que essas pequenas frações de um grau não teriam muita importância, por isso, na segunda vez ele só usou três casas decimais. Afinal, qual seria a grande diferença que 0,000001 poderia ter em relação a 0,0001?

Mas no final, por ter feito essa pequena alteração toda a simulação estava completamente diferente.

Com base nessas observações, ele formulou equações que mostravam o que ficou conhecido como o Efeito Borboleta. O mundo precisava de uma nova matemática para entender o porquê. E foi aí que surgiu a Teoria do Caos!

Essa teoria, por definição, lida com “sistemas complexos cujo comportamento é altamente sensível a pequenas mudanças nas condições “.

Então com o Efeito Borboleta e a Teoria do Caos podemos prever o futuro?…

Não! Acontece que apesar das predições, há um grande aumento da imprevisibilidade.

Sempre que falarmos de um sistema não-linear (a menos que tenhamos leituras perfeitas das condições iniciais) não poderemos prever o futuro, pois mesmo os erros mínimos podem levar a um resultado totalmente diferente.

Como é o Efeito Borboleta em nossas vidas?…

Um bom exemplo do Efeito Borboleta em nossas vidas é o desencadear das duas grandes Guerras Mundiais. O efeito que essas guerras tiveram em nossas vidas é inegável e sofremos as consequências delas até os dias de hoje!

O Efeito Borboleta que levou essas essas guerras foram os seguintes:

Primeira Guerra MundialGuerra Mundial

Em 28 de junho de 1914, uma granada foi lançada em direção carro que carregava Franz Ferdinand, o Arquiduque da Áustria. A granada não conseguiu atingir Ferdinand, mas feriu os passageiros que estavam no carro.

Quando Franz Ferdinand foi visitar os feridos no ataque, seu motorista fez uma curva errada e parou em uma rua. Neste mesmo lugar, o naturalista sérvio de 19 anos, Gavrilo Princip, a mesma pessoa que anteriormente tentou assassinar o arquiduque, viu o Ferdinand e atirou nele e em sua esposa até a morte.

Após o assassinato de Franz Ferdinand, a Áustria-Hungria declarou guerra contra a Sérvia, o que deu início a Primeira Guerra Mundial. Se o motorista não tivesse tomado a direção errada, o arquiduque da Áustria-Hungria não teria sido assassinado e a guerra não teria acontecido como a conhecemos.

Segunda Guerra Mundial:

Em 28 de setembro de 1918, Henry Tandey, um soldado inglês ficou cara a cara com um soldado alemão ferido.

Henry, escolheu não atirar neste soldado inimigo, em vez disso ele o deixou passar. Acontece que esse soldado alemão era Adolf Hitler. Se Tandey tivesse puxado o gatilho, havia uma possibilidade da Segunda Guerra Mundial não ter acontecido.

Outros exemplos simples do dia a dia…

Quando você solta, ao mesmo tempo, dois balões idênticos de hélio em direção ao céu, os vemos seguir em diferentes posições; um pequeno peixe que se move em uma determinada direção, pode fazer com que duas moléculas de água vizinhas acabem em diferentes oceanos; o caótico aumento ou queda do mercado de ações…

O simples fato de você estar lendo este artigo ao invés de sair ou fazer outra coisa poderia ter um efeito diferente na sua vida. Você poderia ter conhecido alguém na fila do banco, ou até se envolvido em algum tipo de acidente, por exemplo. Nunca saberemos! Em suma, este artigo mudou sua vida para sempre. Fonte

CAOS E EFEITO BORBOLETA | Nerdologia

O bater de asas de uma borboleta no Brasil pode desencadear um tornado no Texas. Frase que define o que os pesquisadores chamam de “efeito borboleta”, expressão utilizada na Teoria do Caos.

Esse é o efeito borboleta, que ocorre todos os dias em nossas vidas. Uma pequena mudança em nossas ações e um destino pode ser mudado. Podemos desencadear eventos imprevisíveis ou consequências desconhecidas para o futuro, tragédias incalculáveis para terceiros e para nós mesmos, o caos, e por que não, o bem?

Caos, do grego khaos: abismo, vazio, o que se abre largamente. No mito de Caos, a desordem uniu-se à noite para criar o destino, que dizem ser cego. O destino não sabe o que está em sua frente, mas sabe o que vem pela frente. Deus primordial, o Caos está na vida das pessoas que se esquecem de viver bem o presente para criar melhor o seu futuro.

Toda escolha é uma renúncia e toda escolha traz uma consequência. Desde o acordar, fazemos escolhas. Somos frutos das nossas escolhas, das escolhas alheias, do meio em que vivemos, da imprevisibilidade do minuto seguinte. Estamos a todo momento afetando a nossa vida e a de outros com nossos atos.

“Adoramos o caos porque sentimos amor em produzir ordem.” — M.C.Escher

O dia a dia, a rotina, o cotidiano, nos rouba esta clareza diante da vida, tão incerta, tão passageira.

Se nos dermos conta das pequenas contribuições que podemos fazer, o que iremos escolher pra desencadear os próximos acontecimentos? As vontades de nosso ego? Uma indiferença? Um julgamento? Uma intuição? Um sorriso? Um olhar de agradecimento?

Diante de tamanha imprevisibilidade, da desordem que não podemos controlar, há um momento em que está em nossas mãos como podemos iniciar um ciclo, como podemos transformar um contexto.

Podemos atrair a energia daquilo que pensamos, sentimos e fazemos. Podemos nos transformar em um campo de vibrações, praticar a empatia, mudar a rota quando preciso, fazer parte da criação do nosso caminho. Podemos despertar a nossa percepção e não nos tornarmos indiferentes ao que ocorre ao nosso redor. Despertarmos a consciência coletiva, entendermos nossas conexões mais profundas e tornar-nos mais humano.

No final, apenas três coisas importam: o quanto você amou, o quão gentilmente viveu e o quão graciosamente você deixou ir as coisas que não têm significado. (Apesar de algumas atribuições ao budismo, o autor é desconhecido)

Nós não precisamos ser a mudança que queremos ver no mundo. Nós só precisamos tentar, da melhor forma possível, ser a mudança nas nossas próprias vidas e possivelmente, nas de quem nos cerca. E quem sabe, o efeito borboleta cuide do resto.

Efeito borboleta- Filme completo Dublado

David Bohm Vida e Obra…

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David Bohm speaks about Wholeness and Fragmentation (abra a legenda e o tradutor da legenda no vídeo)

Resultado de imagem para david bohm pdfInfância e juventude…

David Bohm nasceu em 20 de dezembro de 1917 em Wilkes-Barre, Pensilvânia, Estados Unidos , uma pequena cidade cuja principal ocupação na época era a mineração . Seus pais, de origem judaica, vieram da Europa : o pai, Samuel, da cidade húngara de Munkacs, e a mãe Frieda, da Lituânia. O sobrenome não era originalmente Bohm, mas Düm, mas quando o pai chegou ao país, um agente de imigração mudou porque dim significa “estúpido” em inglês . Samuel se estabeleceu em Wilkes-Barre com o Popky, originalmente da Lituânia, e o chefe da família Harry logo conseguiu que ele prometesse a si mesmo com sua filha, Frieda, que desde a sua chegada à América do Norte ele tinha problemas mentais que tinham que começar com sua falta de domínio da língua e o isolamento resultante. Além de se casar com a filha, Harry Popky transferiu para o seu genro uma loja de móveis.

Samuel era bastante inteligente, o negócio logo prosperou, e em 1917 nasceu o primeiro filho do casamento , David, e quatro anos depois o segundo, Robert. Frieda, cuja desordem aumentava, não conseguiu ficar com a casa e a responsabilidade coube a sua mãe, Hanna, que era responsável pelas refeições e pela limpeza. Mas a dama morreu logo e, a partir de então, foi Samuel quem teve que alimentar seus filhos e prepará-los para ir à escola todas as manhãs. Enquanto isso, Frieda estava em um estado de depressão que às vezes se transformou em agitação ou violência clara. Apesar de sua instabilidade, David amava sua mãe e se sentia mais próximo dela do que de seu pai, que parecia excessivamente preocupado com o dinheiro e os aspectos materiais da vida. Essa proximidade e o fato de que ela demonstrava uma preocupação neurótica toda vez que David saía de casa, o fazia desenvolver uma personalidade pessimista e tinha uma preocupação doentia com sua saúde . Pouco a pouco, devido à personalidade neurótica da mãe e aos casos amorosos do pai, a atmosfera familiar tornou-se cada vez mais insuportável.

Quando eu tinha dez anos, David descobriu o mundo da ciência através de uma história de ciência ficção que lei ou em uma revista . Na escola, que geralmente parecia um lugar repressivo, ele gostava de estudar astronomia . Desde muito jovem ele saiu para caminhar pelas florestas e montanhas, lugares onde sua mente se expandiu e ele conseguiu esquecer a atmosfera familiar ruim. Em relação aos jogos com seus amigos, ele sempre teve problemas de coordenação e linguagem corporal que tornava as atividades físicas muito difíceis. Compensou inventando a história científica e construindo pequenos gadgets; seu pai zombou dessas pretensões e, em vez disso, elogiou o amor do irmão por esportes , Bobby. Samuel queria que seus filhos fizessem o mesmo negócio com ele, mas David rejeitou sua inclinação por dinheiro , o material e o mero prático. De qualquer forma, como todas as crianças, ele queria a aprovação de seu pai, então seu objetivo foi mostrar a ele que a ciência poderia ser útil e que pessoas comuns poderiam entender até mesmo as mais complexas idéias científicas. Ele chegaria a uma data tão antiga quanto 1950, aos trinta e três anos, quando publicou seu livro Quantum Theory e recebeu uma homenagem em sua homenagem em Princeton.

Em 1929 veio a Grande Depressão, e os aquecedores de Nova York começaram a se alimentar de petróleo , em vez de carvão das minas. A consequência foi que a Wilkes-Barre sofreu um empobrecimento acentuado e um mal-estar social, o que despertou o interesse de David pela política ; alguns anos depois, ele começou a ler jornais com uma tendência esquerdista. Quando outros jovens ler quadrinhos e revistas esporte , ele leu livros de texto ciência. O que mais lhe interessava eram as demonstrações: ele ficou surpreso ao ver que a mente humana poderia criar padrões lógicos puramente abstratos aplicáveis ​​ao mundo real.

Samuel não gostava muito do amor que o filho tinha pela ciência, mas pagava de bom grado pelo seu ensino superior no Pennsylvania State College. Lá, Davi percebeu que mais importância era dada a assuntos práticos, como engenharia ou química , e que o departamento de física quase não tinha recursos. De fato, a física não foi levada muito a sério nos Estados Unidos nas primeiras décadas do século XX. O que ele tinha que fazer para receber o treinamento que queria era ler por conta própria, e essas leituras deram a ele a base necessária para realizar o máximo ao estudar seus estudos de pós-graduação. Seu favorito era e ciência física, e isso foi durante suas longas caminhadas ao refletir sobre questões científicas melhor, graças à oxigenação que será fornecido ao ar livre.

Nesta época ele acabou apaixonado por política. Ele acreditava que uma sociedade totalmente nova era necessária , mas que isso deveria ser alcançado por meio de procedimentos racionais, com o uso da ciência. Ele já estava inclinado ao comunismo , mas ainda não estava convencido porque não aprovava métodos violentos para obter poder .

Ele se formou em ciências em 1939 e decidiu seguir seus estudos de pós-graduação no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), o que ele pôde fazer graças a uma bolsa de estudos oferecida por sua universidade . Seu novo centro de ensino o desapontou porque havia exames o tempo todo e o ambiente era muito competitivo; não havia espaço para criatividade e pensamento , mas era tudo sobre como resolver problemas. Isso o fez se sentir muito deprimido, embora ele pudesse se apresentar ao máximo sem dificuldades. Para ter uma idéia de sua prontidão para a física teórica, podemos lembrar que em 1936 Arthur Eddintong publicou Teoria da Relatividade de Prótons e Elétrons , com uma teoria unificada para a relatividade e o mundo das partículas elementares e que, como o livro era excessivamente matemático, David conseguiu elaborar uma versão não- matemática da teoria.

The Best Dr. David Bohm Interview (Use a legenda e tradutor da legenda no vídeo)

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David Bohm

Em seu segundo ano, David teve que realizar seu primeiro projeto de pesquisa , mas recebeu um tema que precisava ser resolvido de uma maneira puramente mecânica. Isso não agradou a ele, então ele decidiu procurar um centro de ensino mais de acordo com suas inclinações. Ele foi recomendado para a escola de física teórica que Oppenheimer havia estabelecido no campus de Berkeley da Universidade da Califórnia. Ele teve uma entrevistacom Oppenheimer e entrou em Berkeley graças a uma bolsa de estudos que, por outro lado, não era excessivamente generosa. Mas isso não o incomodava, pois finalmente encontrara o local dos estudos dos sonhos. Havia uma ampla gama de interesses, a atmosfera era relaxada e ele era fascinado pela figura de Oppenheimer, que estudara e trabalhara com os melhores físicos da velha Europa. Quando chegou a hora para iniciar seu projeto de pesquisa , Oppenheimer sugerido para estudar o que acontece a colidir prótons com deuterons. Foi um assunto que o interessou, e ele o exibiu satisfatoriamente em um seminário que ele ofereceu. No entanto, pouco depois ele começou a desvalorizar seu trabalho, ele caiu em uma profunda depressão que durou quase um ano, ele não foi capaz de continuar seu trabalho criativo e procurou ajuda psiquiátrica. Oppenheimer sentiu-se decepcionado, possivelmente porque considerou esse desprezo de David como uma afronta pessoal , uma espécie de rejeição do projeto que ele próprio escolhera. Foi nessa época que Bohm começou a ver Oppenheimer diferente: usado recém-chegados de louvor em pensar que eles tinham um monte de talentos, até que em algum seminário fizeram uma observação crítica com um desdém que era realmente desprezo pela sua pessoa e que os deixou paralisados. No entanto, ele continuou a considerá-lo uma figura paterna.

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Robert Oppenheimer

Meses depois, ele melhorou e até começou a se interessar por mulheres. Até então, seus colegas o consideravam bastante assexuado. Seu problema era sua falta de experiência e sua timidez, não falta de desejo sexual. Também nessa época ele se tornou amigo de alguns dos alunos de Oppenheimer; por exemplo, Richard Feynman, Rossi Lomanitz e Joe Weinberg. Com este, ele costumava debater sobre a teoria quântica. Weinberg insistiu em corrigir a teoria e interpretação de Niels Bohr ; David, por outro lado, estava convencido da precisão de suas previsões, mas manteve reservas sobre a abordagem em geral, o que ele achou insatisfatório.

Neste momento ele começou a estudar as obras de Marx e Engels. Havia uma atmosfera política muito intensa e alguns estudantes se alistaram nas Brigadas Internacionais que defenderam a república na Guerra Civil Espanhola . O próprio Oppenheimer tinha ligações com intelectuais esquerdistas, especialmente comunistas, e doou fundos para o partido comunista. Em novembro de 1942, Bohm entrou para o Partido Comunista, mas logo ficou entediado com longos debates e reuniões intermináveis, de modo que foi membro por nove meses. Embora ele deixou de pertencer ao partido, ele continuou a estudar Marx, Engels e Lenin. O marxismo parecia uma filosofia realmente holística, baseada na dialética, um movimento dinâmico através do qual nada permanece fixo. Ele acreditava que, se a sociedade fosse organizada de acordo com o postulado de Marx, todas as ações seriam racionais e todas seriam beneficiadas. Ele também acreditava que, se a União Soviética não tivesse alcançado uma situação ideal, seria por causa dos ataques que sofreu: com o tempo, isso mostraria ao mundo uma sociedade melhor. Os relatos dos massacres e campos de concentração de Stalin atribuíam à imprensa capitalista, embora fosse mais difícil justificar o pacto de não-agressão concordado com a Alemanha nazista.

A guerra e seus primeiros trabalhos…

Em setembro de 1939, a Segunda Guerra Mundial irrompeu e, após o bombardeio japonês de Pearl Harbor, os Estados Unidos entraram no concurso. Convencidos de que os alemães poderiam usar energia atômica para construir uma poderosa bomba, os aliados inauguraram o Projeto Manhattan para construção de uma arma nuclear e Oppenheimer foi nomeado diretor científico, apesar de sua esquerda – inclinando-se e medo, por parte das autoridades que tinham vazamentos para a União Soviética. É por isso que, desde o início, Oppenheimer foi submetido a vigilância. Acreditava-se também que no Laboratório de Radiação, um dos centros participantes do projeto e foi responsável pela obtenção do isótopo U-235, a única urânio ativa para construir uma bomba atômica, era uma célula comunista dedicado à espionagem dos russos. Rossi Lomanitz foi o principal suspeito por ter organizado o ramo de uma união de cientistas, mas também Bohm e Joe Weinberg. A investigação que Bohm estava fazendo em prótons e deuterões foi útil para o Projeto Manhattan, razão pela qual ele foi negado o acesso ao seu próprio trabalho e não foi autorizado a defender sua tese . Para obedecer ao arquivo, Oppenheimer certificou que Bohm havia completado a investigação com sucesso e obteve o doutorado em 1943.

Nessa época, Bohm começou a trabalhar na física dos plasmas e descobriu que os elétrons removidos dos átomos não se comportam como partículas individuais separadas, mas como parte de uma entidade organizada e maior. Grandes quantidades de elétrons produziam efeitos altamente organizados, como se algum processo orgânico direcionasse seu comportamento coletivo Eu achava que esses movimentos coletivos, agora conhecidos como “difusão de Bohm”, davam a impressão de que o conjunto de elétrons estava vivo de alguma forma. Os plasmas eram para ele uma metáfora perfeita para a sociedade: eles são feitos de partículas, cada uma das quais se move individualmente com seu próprio movimento; mas há uma relação sutil entre cada partícula e o plasma como um todo, o mesmo que aconteceria em uma sociedade marxista ideal. As sociedades humanas , como os plasmas, são uma síntese de opostos, o que permite tanto a liberdade do indivíduo como o coletivismo do todo. Para ele, política e física eram inseparáveis, e ciência, sociedade ea consciência humana eram aspectos de uma entidade maior. Além de – ou arrependimento – ser influenciado por suas idéias políticas , seu trabalho em plasmas poderia oferecer uma descrição matemática completa deles. Ele continuou esse trabalho criativo quando, após a guerra, Oppenheimer retornou ao departamento de física de Berkeley e Bohm retornou a seu lado.

Ele também fez um estudo sobre supercondutividade sobre o qual ele queria escrever um artigo. Ele explicou isso a Oppenheimer, mas ele disse que não valia a pena. Apesar disso, ele escreveu o artigo; mas o relatório do árbitro foi negativo, então ele não se incomodou em verificar a publicação. De muitas maneiras, alguns físicos vieram a conhecê-lo; por exemplo, John Wheeler, que havia sido assistente de Einstein. Wheeler, impressionado com o trabalho, Bohm oferecido um cargo de professor assistente na Universidade de Princeton em 1947. Sabendo que Oppenheimer era para ser o diretor do Instituto de Estudos Avançados de Princeton, ele aceitou a oferta .

No início, ele não gostou da atmosfera de Princeton e seu estilo de ensino era bastante deficiente, devido à sua timidez; no entanto, os alunos acharam-no mais acessível que os outros professores. Ele retornou aos problemas da supercondutividade e assumiu em sua abordagem que ele não estava satisfeito com a resolução de problemas, que ele queria considerar a física como um todo e desenvolver teorias mais radical. Ele expressou suas preocupações a Oppenheimer, que não mostrou interesse e sugeriu que ele seguisse as tendências convencionais. Seu parceiro, Victor Weisskopf, querendo dar-lhe alguns conselhos, disse-lhe que os colegas às vezes se perguntavam se ele não estava ficando meio louco. Bohm, irritado, respondeu que não queria passar sua vida fazendo cálculos masoquistas. Ele estava começando a perceber que ele não pertencia à corrente convencional da física. Nela, como John von Neumann disse , tudo foi organizado como uma igreja , com um papa -Niels Bohr, cardeais e bispos, de uma maneira hierárquica. Diante dessa situação, Bohm decidiu seguir seu próprio caminho.

Ele conseguiu ter um grupo de amigos com quem conversar e relaxar. A mulher de um deles, Miriam Yevick, que se dedicava à matemática , tornou-se sua amante. O calor dessa mulher contrabalançava a tendência de Bohm à depressão e à ansiedade; Eles também compartilhavam ideias políticas. Miriam se separou do marido, mas não quis se divorciar.

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Albert Einstein

Seu trabalho em física continuou a progredir, novamente no campo das plasmas, em colaboração com Eugene Gross e David Pines. Ele decidiu escrever um livro sobre teoria quântica, em parte porque a comunidade Os físicos pareciam desprezar as questões filosóficas e preocupavam-se apenas em demonstrar sua capacidade matemática. Novamente Oppenheimer disse a ele que a tarefa era uma perda de tempo e até mesmo criticou diretamente o livro, uma vez publicado. Neste final dos anos quarenta, Bohm tinha um relacionamento amoroso com Hanna Loewy, que estudara filosofia, para poder ajudar no desenvolvimento do livro. O objetivo do trabalho era explicar a teoria quântica de maneira simples, clara e concisa, apesar das dificuldades que essa área da física acarretava, especialmente a interpretação de Copenhague, elaborada por Bohr, Born e Heisenberg, que não convenceram. Bohm O livro, Teoria Quântica, continua a ser um clássico neste campo. Nele ele consegue explicar a teoria quântica sem complicações matemáticas, e quando elas aparecem, elas têm um nível que não é excessivamente complexo. Mostre que os resultados da teoria quântica podem ser descritos com linguagem da física clássica e explica o paradoxo EPR (Einstein, Podolsky, Rosen) de uma forma mais clara do que os seus próprios autores. O livro teve revisões muito favoráveis ​​e foi adotado por várias universidades como um livro didático. Wolfgang Pauli mostrou seu acordo e Einstein recebeu-o bem, disse que nunca tinha visto tão claramente explicado como teoria quântica, mas disse que ainda não aceitou a interpretação de Copenhague. Outro benefício adicional é que a partir das conversas com Einstein ele inspirou-se para oferecer uma alternativa à interpretação de Copenhague dos fenômenos quânticos, o que explicaremos mais adiante.

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Niels Bohr

Problemas políticos…

Em 1950, o pior período da vida de David Bohm começou. Já dissemos que, durante a guerra, os serviços secretos acreditavam que havia uma célula comunista no Laboratório de Radiação de Berkeley. Também durante a guerra, Oppenheimer foi interrogado e deu os nomes de David Bohm, Rossi Lomanitz, Bernard Peters e Joe Weinberg como potencialmente perigosos. Suspeitava-se que alguém do laboratório tivesse passado informações a Steve Nelson. O chamado “cientista X” supostamente copiou uma fórmula para Nelson, que depois a entregou ao vice-cônsul da União Soviética, Peter Ivanov. A questão era saber quem era o cientista X, então Lomanitz, Bohm e Weinberg foram colocados sob vigilância constante

Em 1946, Lomanitz foi forçado a questionar o assunto, mas Bohm, já bem estabelecido em Princeton em 1950, achou que esse assunto já estava esquecido. No entanto, o Comitê de Atividades Antiamericanas decidiu descobrir o que havia acontecido no Laboratório de Radiação durante a guerra, então, em 21 de abril, David recebeu uma intimação para depor; Lomanitz também recebeu outro. Ele decidiu comparecer perante o tribunal para evitar males maiores e usar a primeira e a quinta emendas à constituição para se defender (a primeira garante a liberdade de expressão). e o quinto o direito de não se incriminar). Depois de dois adiamentos, ele declarou em 25 de maio. Seu advogado foi Clifford Durr, recomendado por Edward Condon, um personagem proeminente na política científica da época que lutou contra o assédio que tinha que sofrer a comunidade de físicos. O comitê, no qual Richard Nixon estava presente, queria saber se alguma fórmula atômica secreta havia sido passada para os russos. Bohm, aceitando as emendas acima mencionadas, não respondeu diretamente à questão de saber se ele pertencia ao partido comunista ou se conhecia Steve Nelson. Dois dias depois, a Universidade de Princeton publicou uma declaração de apoio a ele, afirmando que seu trabalho era muito bom e que ele conquistara o respeito dos seus colegas. Ele foi devolvido ao tribunal em 10 de junho e a investigação foi adiada até que ele fosse notificado novamente. Bohm pensou que o assunto seria esquecido e que ele poderia investigar calmamente. Mas o ambiente político era rarefeito pela fabricação soviética da bomba atômica, a prisão dos espiões Alger Hiss e Julius e Ethel Rosemberg, e o início da Guerra da Coréia. Bohm e Lomanitz foram indiciados por um juiz federal e, em 4 de dezembro, nosso protagonista foi preso. A fiança foi fixada em US $ 1.500 e Bohm pagou para evitar a prisão. Enquanto isso, o presidente da Universidade de Princeton, Harold Dodds, suspendeu-o de seu trabalho como professor e seus outros deveres, desde que o julgamento não seja realizado; Ele recebeu a nota acrescentou que seu contrato iria expirar em junho de 1951. Em adição, ele recebeu uma carta proibindo -o de ir ao campus e classe para seus alunos. A razão para essas medidas foi que as instituições – entre elas algumas universidades – receberam contratos de pesquisa do governo. Eles estavam ansiosos para demonstrar sua lealdade política. O presidente do departamento de física assegurou-lhe que continuaria a receber seu salário e, uma semana depois de sua suspensão, trinta e oito dos quarenta e sete alunos de pós-graduação do departamento assinaram uma carta de apoio. O crime ele foi acusado de estar em desacato ao tribunal por se recusar a responder perguntas sobre Weinberg e Nelson, e enfrentou a possibilidade de uma sentença de prisão. No julgamento, realizado em 31 de maio de 1951, ele foi absolvido de todas as acusações. No entanto, a universidade não anunciou sua reintegração e, quando seu contrato expirou em junho, não foi renovado. Era evidente que a decisão era política; Além disso, os colegas de seu departamento não fizeram muito para apoiá-lo.

Publicação da Teoria Quântica e o artigo sobre variáveis ocultas…

Uma vez sem seu trabalho em Princeton, Bohm procurou trabalho em outra universidade ou em um laboratório de física, mas não obteve sucesso porque estava politicamente marcado. Einstein tentou fazer dele seu assistente no Instituto de Estudos Avançados, mas Oppenheimer dissuadiu-o porque isso comprometeria sua própria posição. Ele trabalhou por um curto período de tempo para um pequeno laboratório industrial, mas foi um trabalho muito frustrante para ele. Este foi um dos piores períodos de sua vida e não compensou seus sofrimentos pela publicação bem sucedida de seu livro Quantum Theory .

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Pouco depois de ter que desistir de Princeton, antes de decidir seu futuro, ele começou a trabalhar em outra de suas grandes contribuições para a física. Depois de estudar a teoria quântica em profundidade, para Bohm, como um marxista que era, encontrou dificuldades para abandonar a causalidade clássica (relação causa-efeito) em favor do acaso e da probabilidade defender Bohr e Heisenberg na interpretação de Copenhague, o dominante no campo do microscópico. Esta posição tem dois postulados básicos: a realidade coincide com a totalidade dos fenômenos observados, o que implica que a realidade não existe na ausência de observação e na mecânica quântica. é uma descrição completa da realidade, sem a possibilidade de uma compreensão mais profunda: qualquer especulação sobre uma realidade subjacente não tem significado.

Bohm pensou que se não fosse possível que os resultados probabilísticos da teoria quântica se originassem do movimento subjacente de outras partículas menores que as do nível quântico, isto é, variáveis ​​ocultas. Seria, portanto, um nível sub-quantitativo de natureza determinista que explica o nível quântico, não-determinístico e probabilístico. Isso poderia ser explicado completamente causalmente e as partículas seguiriam caminhos bem definidos. Eu substituiria a interpretação confusa de Copenhague por uma mais racional, que também estaria de acordo com o programa Marxista, sua filosofia favorita. Durante toda a sua vida, ele lamentou que os físicos estivessem preocupados principalmente com questões relacionadas à previsão, em vez de procurar a verdade do mundo.

Dizem dele Basil Hiley e David Peat, em Quantum Implications – Ensaios em honra de David Bohm :

Quando ele começou a estudar a física seriamente, ele ficou repetidamente surpreso com o que, para um olhar superficial, parecia um fenômeno totalmente desvinculado. Ao mergulhar na subestrutura da matéria e em seu movimento, a característica de uma subestrutura rica e altamente interconectada tornou-se cada vez mais evidente. Além disso, como observou Bohm, essas estruturas mais profundas pareciam possuir propriedades que não refletiam a maneira como os físicos falavam sobre a matéria. Na mecânica quântica , por exemplo, parecia que essa interconectividade era vital, e ainda assim a apresentação usual do assunto parecia minimizar esse aspecto dos fenômenos.

Precisamente porque todas as teorias que ele enunciou ao longo de sua vida contribuíram muito pouco em termos de previsão, a maioria da comunidade científica não estava interessada em seu trabalho e o considerava bastante esquisito, em vez de um cientista sério. Outra crítica foi a de que suas teorias não eram parcimoniosas, no sentido daquele princípio que diz que, sob condições iguais , a teoria mais simples é sempre preferível. Bohm respondeu que a rígida adesão à navalha de Occam implica na imposição de restrições e pode servir para esconder uma realidade mais profunda, subjacente aos fenômenos observados.

Os fatores causais propostos por Bohm operariam na área que fica entre a menor distância detectável em experimentos físicos (da ordem de 10-17 cm) e a menor distância, além da qual o espaço deixa de fazer sentido (10 -33 cm). Entre essas duas áreas está outra magnitude comparável à diferença de tamanho entre nosso mundo macroscópico comum e a menor distância fisicamente detectável. Como não temos conhecimento empírico desse campo, não podemos rejeitar a possibilidade de que existam fatores causais que operam nele e que expliquem os fenômenos quânticos; isto é, o que Bohm propõe é uma explicação baseada na existência de variáveis ​​ocultas. Quanto às previsões de sistema , a alternativa de Bohm é equivalente à interpretação de Copenhague; a diferença é a estrutura profunda concepção subjacente e filosófica do todo. Com isso, Bohm estava desafiando a interpretação de heróis da ciência como Bohr, Born, Heisenberg e Schrödinger.

Louis de Broglie disse no prólogo de Casuality and Chance in Modern Physics :

É possível que, no futuro, olhando para um nível mais profundo da realidade física, seremos capazes de interpretar as leis de probabilidade e física quântica, e os resultados estatísticos do desenvolvimento de valores completamente certas variáveis, que prsente sei. Pode ser que os poderosos meios que estamos começando a usar para desintegrar a estrutura do núcleo e fazer novas partículas aparecerem, um dia nos forneçam um conhecimento direto, que agora não temos, desse nível mais profundo.

Escreveu a alguns dos mais proeminentes físicos e Louis de Broglie respondeu que tinha tido uma ideia semelhante em 1927 e que a propusera na conferência da Solvay; Ele também explicou as objeções que Pauli havia feito naquela época. Levando tudo isso em conta, Bohm produziu dois artigos a serem publicados em 1952 na Physical Review ( “A interpretação sugerida da Teoria Quântica em termos de variáveis ocultas I” e a segunda parte do artigo).

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Senador Joseph McCarthy

Exílio no Brasil e má recepção à sua teoria…

Esperando pela publicação de sua nova teoria, seu trabalho futuro era incerto. Dois estudantes de pós-graduação em Princeton estavam trabalhando na Universidade de São Paulo, Brasil, então ele escreveu para perguntar-lhes sobre a possibilidade de encontrar uma posição lá. A resposta foi satisfatória e, em agosto de 1951, pediu a Einstein uma carta de recomendação para o departamento de física daquela universidade; Ele também recebeu uma recomendação do Oppenheimer. Eles o aceitaram como professor, então só havia a tarefa de conseguir um passaporte, o qual ele conseguiu sem problemas. Em outubro ele partiu para São Paulo, Brasil, onde chegou de bom humor. No entanto, muito em breve ele percebeu que este país não era para ele. A cidade era muito barulhenta, o clima e stava muito quente ou muito frio, e a política da universidade às vezes era irritante. Além disso, ele não conseguia se acostumar com a comida e sofria de diarréia e infecções que precisavam ser tratadas em um hospital.

Para piorar a situação, no final de novembro ele recebeu a visita de um agente que lhe pediu para acompanhá-lo ao consulado para registrar o passaporte. Quando chegaram lá, depois de entregá-lo, o que fizeram foi requisitá-lo, dizendo-lhe que só seria devolvido se voltasse para os Estados Unidos. Em seguida, veremos que ele teve que renunciar à sua condição de cidadão dos EUA; só muito depois ele a recuperou, em 1986. Além disso, ele pôde verificar que estava sob vigilância, por isso evitou amigos com tendências esquerdistas, temendo ser deportado para prendê-lo em seu país.

As primeiras semanas de sua permanência no Brasil foram gastas tentando aprender sobre a resposta da comunidade científica ao seu artigo sobre variáveis ​​ocultas. Ele temia que os grandes da física respondessem com silêncio, como se o assunto não tivesse interesse, e ele adivinhou quase completamente. O primeiro a dar sua opinião foi Feynman, por ocasião de uma conferência que iria dar em Belo Horizonte: sua impressão era boa, mas era um físico que, ao contrário de Bohm, só trabalhava em um assunto quando detectava um problema em ele. Ele não era físico de teorias abstratas; portanto, não funcionou na teoria proposta por Bohm. Wolfgang Pauli, um dos pais do quantum, argumentou que, como as variáveis ​​ocultas propostas por Bohm não podiam ser detectadas, a teoria não oferecia nada de novo, mesmo que fosse consistente e com ele os mesmos resultados foram obtidos com a interpretação de Copenhague. Outros, como Bohr, não se preocuparam em ler os artigos e apenas disseram que von Neumann havia mostrado que o quantum não podia ser reduzido ou transformado em qualquer teoria usando variáveis ​​ocultas. Na verdade, essa suposta demonstração não provou nada, mas todos tomaram como definitivo. Leon Rosenfeld, associado de Bohr em Copenhague, escreveu para ele em um tom condescendente, sem discutir nenhum ponto em eles não se preocuparam em ler os artigos e simplesmente disseram que von Neumann havia mostrado que o quantum não podia ser reduzido ou transformado em qualquer teoria que usasse variáveis ​​ocultas. Na verdade, essa suposta demonstração não provou nada, mas todos tomaram como definitivo. Leon Rosenfeld, associado de Bohr em Copenhague, escreveu para ele em um tom condescendente, sem discutir nenhum ponto em eles não se preocuparam em ler os artigos e simplesmente disseram que von Neumann havia mostrado que o quantum não podia ser reduzido ou transformado em qualquer teoria que usasse variáveis ​​ocultas. Na verdade, essa suposta demonstração não provou nada, mas todos tomaram como definitivo. Leon Rosenfeld, associado de Bohr em Copenhague, escreveu para ele em um tom condescendente, sem discutir nenhum ponto emconcreto . Além disso, a questão foi tomada como se fosse algo pessoal – trabalhando em favor de seu chefe, Niels Bohr – e mobilizou outros físicos contra Bohm, pediu à revista Nature que não publicasse um artigo dele e recomendou aos editores que traduziu para o inglês um dos livros de Louis de Broglie dedicado à interpretação causal da teoria quântica.

Outros, como Eugene Gross, exigiram que Bohm oferecesse resultados, não apenas expusesse uma teoria abstrata. Schrödinger, que nem sequer leu o artigo, afirmou que o modeloEra irrelevante. Por outro lado, Einstein achava que a proposta de Bohm parecia fácil demais para ser verdade. Max Dresden, que trabalhava em Princeton, levou a sério a proposta de Bohm, mas Oppenheimer respondeu que era um simples desvio juvenil que não valia a pena perder tempo. Quando Dresden ofereceu um seminário sobre a teoria, os companheiros de Princeton, em vez de debaterem, rejeitaram a teoria de Bohm porque ele era marxista e traidor de seu país. Oppenheimer deixou bem claro que ele simplesmente precisava ser ignorado. De fato, Bohm foi ignorado na medida em que as interpretações alternativas mais estranhas da teoria quântica foram explicadas nos livros didáticos nas décadas seguintes, e, por outro lado, ele não apareceu mencionado até os anos noventa do século XX. Existem várias interpretações de fenômenos quânticos, todas consistentes. A escolha entre um ou outro não depende de razões científicas, e a interpretação convencional, ou de Copenhague, é considerada canônica porque foi aquela postulada pelas grandes figuras de Bohr e Heisenberg, não porque é correta e as outras não. James Cushing estudou o assunto em profundidade e chegou à conclusão de que a interpretação de Copenhague é a mais aceita não por algum mérito intrínseco da teoria, mas por contingências históricas. Por outro lado, o caráter exilado e marxista de Bohm foi o motivo da rejeição de seu modelo. todos eles consistentes. A escolha entre um ou outro não depende de razões científicas, e a interpretação convencional, ou de Copenhague, é considerada canônica porque foi aquela postulada pelas grandes figuras de Bohr e Heisenberg, não porque é correta e as outras não. James Cushing estudou o assunto em profundidade e chegou à conclusão de que a interpretação de Copenhague é a mais aceita não por algum mérito intrínseco da teoria, mas por contingências históricas. Por outro lado, o caráter exilado e marxista de Bohm foi o motivo da rejeição de seu modelo. todos eles consistentes. A escolha entre um ou outro não depende de fundamentos científicos e convencional, ou interpretação de Copenhague é considerado canônico porque foi postulado que as principais figuras Bohr e Heisenberg, não porque é correta e os outros não. James Cushing estudou o assunto em profundidade e chegou à conclusão de que a interpretação de Copenhague é a mais aceita não por algum mérito intrínseco da teoria, mas por contingências históricas. Por outro lado, o caráter exilado e marxista de Bohm foi o motivo da rejeição de seu modelo. não porque é correto e os outros não são. James Cushing estudou o assunto em profundidade e chegou à conclusão de que a interpretação de Copenhague é a mais aceita não por algum mérito intrínseco da teoria, mas por contingências históricas. Por outro lado, o caráter exilado e marxista de Bohm foi o motivo da rejeição de seu modelo. não porque é correto e os outros não são. James Cushing estudou o assunto em profundidade e chegou à conclusão de que a interpretação de Copenhague é a mais aceita não por algum mérito intrínseco da teoria, mas por contingências históricas. Por outro lado, o caráter exilado e marxista de Bohm foi o motivo da rejeição de seu modelo.

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Wolfgang Pauli

Bohm sabia que a solução para que a teoria tem o reconhecimento que merecia passou para viajar para o Estados Unidos e Europa, oferecendo palestras e forçando discutir seus colegas, mas isso era algo que ele não podia fazer na sua situação de exílio político sem passaporte Ele passou por alguns meses de depressão, mas logo voltou ao trabalho e para desenvolver novas idéias. Ele escreveu seu livro Causalidade e chance na física moderna , onde ele exibiu sua visão dialética do universo. Junto com a existência de um número infinito de níveis em que, expandindo assim a sua afirmação de um nível subquântico que explica os fenômenos que, aparentemente, não obedecem as leis da causalidade. A este respeito, Bohm diz a visão determinista e visão indeterminista probabilística são os dois lados inseparáveis ​​de uma estrutura mais ampla e profunda do universo como um todo, que escapa essas tentativas de prendê-lo em uma fórmula de natureza limitada.

No verão de 1952, começou a ensinar em português, tornou – se amigo de outros professores da tendência esquerdista e ficou surpreso com o ambiente anticomunista do governo e alguns setores da universidade. Seu trabalho recebeu um novo ímpeto quando de Broglie enviou seu assistente, Jean-Pierre Vigier, para trabalhar com Bohm e depois relatar a ele. sobre seus resultados. Em particular, eles se dedicaram a responder à principal objeção de Pauli: que a teoria causal da teoria quântica não trouxe nada de novo. A ideia era expandir a teoria até que suas previsões pudessem ser comparadas com as da teoria quântica convencional. No entanto, eles não conseguiram encontrar os resultados que seus críticos exigiam. A escolha entre seu modelo e o convencional, a interpretação de Copenhague, tornou-se, portanto, uma questão filosófica.

Ela recuperou seu bom ânimo e entusiasmo pelo trabalho, e até pensou em ter um relacionamento, mas as brasileiras daquela época queriam virgens para o casamento. Quando Vigier partiu, sentiu-se um pouco deprimido, mas logo depois chegou o físico Mario Schönberg, que estivera na prisão por suas atividades comunistas. Apesar de seu caráter difícil, eles fizeram muitas coisas juntos. Ele também recebeu a visita do filósofo da ciência argentina Mario Bunge , que ficou com ele por quase um ano.

Fique em Israel e casamento…

Em 1954, no auge do macarthismo eo anti – paranóia comunista, Oppenheimer teve que comparecer perante um júri de seu passado antigo comunista e Joe Weinberg foi acusado de espionagem, uma vez que foi decidido que ele tinha sido o cientista X, que tinha passado segredos para o Soviético A atmosfera no Brasil também não era muito boa, então Bohm tomou a decisão de ir para outro lugar. Pensou em mudar-se para Israel, para o Haifa Technion, mas não tinha passaporte. Como não era conveniente para ele remover seus antigos problemas, a única opção era se tornar um cidadão brasileiro e, como tal, partir para Israel. Ele o fez em janeiro de 1955, fazendo escala na Argentina para conversar com Mario Bunge. Ele também parou em Paris, onde passou três semanas com de Broglie e Vigier.

Pouco depois de chegar em Israel, Bohm conheceu Sarah Woolfson, uma fisioterapeuta que veio a esse país para trabalhar como voluntária em um hospital e decidiu ficar lá porque ele amava sua nova ocupação. Eles se deram bem, muito em breve eles foram morar juntos e se casaram em 1956. Desde o início, foi uma boa influência para David, já que seu otimismo serviu para neutralizar a natureza depressiva e ansiosa do nosso físico. Além disso, graças a Sarah ela foi finalmente capaz de comer boa comida e se livrar de seus problemas gástricos.

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David e Sarah Bohm, já na sua velhice

Em 1957, em colaboração com seu aluno Yakir Aharonov, ele produziu uma nova versão do paradoxo Einstein-Podolsky-Rosen (EPR). Nesse mesmo ano, após uma viagem à Grã-Bretanha, ele alcançou um cargo de professor na Universidade de Bristol. Bohm decidiu deixar Israel porque o ambiente científico não era muito bom; por outro lado, na Europa ele estaria próximo das grandes figuras da física.

Definitivamente na Europa…

Em 1959, novamente em colaboração com Aharonov, descobriram o efeito que leva o nome dos dois. Em 1961 foi nomeado Professor de Física Teórica no Birkbeck College, Universidade de Londres, onde permaneceu até sua aposentadoria e onde foi Professor Emérito até sua morte. Em 1990, ele foi nomeado membro da Royal British Scientific Society.

Em relação à filosofia, Bohm sofreu uma crise quando os abusos, massacres e deportações de Stalin se tornaram públicos. Embora no começo ele não pudesse acreditar no que lhe disseram sobre o país que estava tentando colocar em prática os postulados marxistas, pouco a pouco ele aceitou a realidade. A conseqüência foi que ele abandonou o marxismo por sistemas mais idealistas, como o de Hegel ; mais tarde ele abordou tendências espirituais, como a de Krishnamurti , e algumas teorias próprias da Nova Era. Quanto a sua atividade científica, embora continuasse praticando e ensinando física, Bohm se inclinou para posições cada vez mais heterodoxas. A verdade é que nosso protagonista às vezes pecava crédulo e ingênuo. Por exemplo, ele carregava consigo uma chave dobrada por Uri Geller, como se fosse uma relíquia. Além disso, ele acreditava firmemente nos poderes telecinéticos do israelense. Quando ele perdeu a chave, ele culpou os poderes de Geller, e quando ele encontrou novamente, ele pensou que era outro evento paranormal.

Em colaboração com o neurocientista Karl Pribram, Bohm desenvolveu o modelo holonômico do funcionamento do cérebro , um modelo de cognição humana muito diferente das idéias comumente aceitas. O cérebro funcionaria de maneira semelhante a um holograma, de acordo com os princípios matemáticos quânticos e as características dos padrões de onda. O conjunto de fenômenos da realidade sensível constituiria a ordem explicada, formada pelos eventos que podem ser comprovados experimentalmente. Está sujeito às leis de causa e efeito, mas no final não consegue se explicar. É por isso que Bohm propõe a ordem implícita, que seria o fundamento ontológico da ordem explicada e dota o mundo da experiência com a unidade. Mas as duas ordens não são separadas, mas há um único todo explicado implicado. A fragmentação da realidade com a qual o cientista trabalha é artificial, já que a natureza é um todo indivisível. A realidade explicada implica um conjunto de energia em atividade constante, um holomovimento que é a origem de todas as coisas e que também inclui a dimensão psíquica. O cérebro, por outro lado, é um holograma que interpreta um universo holográfico.

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Oferecemos então as palavras do próprio Bohm, em sua introdução do livro Totalidade e a ordem implicada – Pdf . Esta introdução é interessante não só para conhecer sua tese sobre ela, mas porque constitui um resumo dos capítulos fundamentais:

Eu diria que, no meu trabalho científico e filosófico, o meu principal interesse tem sido a de compreender a natureza da realidade em geral e da consciência em particular como um todo coerente, que nunca é estática ou completa, mas é um processo interminável de movimento e implantação. Então, quando olhei para trás, vi que, quando criança, eu era fascinado pelo enigma, o mistério, certamente, do que é a natureza do movimento. Toda vez que você pensa em algo, parece ser capturado, ou como algo estático, ou como uma série de imagens estático Mas, na experiência real do movimento, sente-se um processo de fluxo contínuo e indiviso, com o qual a série de imagens estáticas do pensamento está relacionada, pois uma série de fotos”fixas” poderia estar relacionada à realidade de um carro. velocidade . Naturalmente, essa questão já havia sido colocada em essência, filosoficamente, há mais de dois mil anos, nos paradoxos de Zeno, mas, até agora, não se pode dizer que chegamos a uma solução satisfatória.

Depois, há a questão de qual é a relação entre pensamento e realidade. Como nós mostrar uma atenção cuidadosa, o próprio pensamento é um processo em movimento. Ou seja, pode-se experimentar uma sensação de fluxo na “corrente de consciência” muito semelhante à sensação de fluxo produzida pelo movimento da matéria em geral. Não poderia ser pensado, então, que essa consciência também faz parte da mesma realidade como um todo? Mas, então, isso significaria que uma parte da realidade “conhece” a outra? e até onde isso seria possível? O conteúdo do pensamento simplesmente nos dá “instantâneos” abstratos e simplificados da realidade, ou pode ir além, para algo capaz de abranger a verdadeira essência do movimento vivo que sentimos na experiência da realidade?

É claro que, ao refletir sobre a natureza do movimento, tanto no pensamento quanto no objeto do qual se pensa, inevitavelmente se chega à questão da totalidade. A ideia de que aquele que pensa (o Ego) é, por princípio, completamente separado e independente da realidade sobre a qual ele está pensando, está, sem dúvida, firmemente enraizado em toda a nossa tradição. (Esta noção é aceita com clareza quase universalmente no Ocidente, mas no Oriente há uma tendência geral para negá-la verbal e filosoficamente, enquanto, ao mesmo tempo , tal conceito ela permeia a maior parte da vida cotidiana e da experiência, como acontece no Ocidente).  Uma experiência tão difundida como a que acabamos de descrever, juntamente com uma grande quantidade de conhecimento científico moderno, e relacionada à natureza e à função do conhecimento científico. O cérebro como sede do pensamento sugere fortemente que tal divisão não pode continuar a ser fundada. Mas isso representa um desafio difícil: Como é que vamos ser capazes de pensar com coerência sobre a realidade da única existência, não descontínua e fluindo como um todo que contém o pensamento (consciência) que a realidade externa a ela, tais Como nós experimentamos isso?

Isso nos leva claramente a considerar a totalidade de nossa cosmovisão, que inclui nossas noções gerais sobre a natureza do mundo físico e aquelas relativas à ordem total do universo, isto é, cosmologia. Para isso, nossas noções de cosmologia e as da natureza do mundo físico devem ser compatíveis com uma explicação consistente da consciência. E vice-versa, nossas noções de consciência devem ser compatíveis com o conceito de realidade como um todo. Os dois conjuntos de noções podem nos permitir compreender como a realidade e a consciência estão relacionadas.

Naturalmente, estas questões são enormes e, em qualquer caso, nunca podem ser completamente e definitivamente resolvidas. No entanto, sempre pareceu importante para mim que houvesse uma investigação contínua, com propostas destinadas a resolver o problema que foi apontado aqui. Naturalmente, a tendência predominante na ciência moderna tem se oposto a tal empresa , uma vez que não propõe objetivos teóricos gerais, mas relativamente concretos e detalhados, mas pelo menos nos prometem, de tempos em tempos, algumas aplicações práticas. Algumas conseqüências do objetivo que propus irão colidir com a força com o objetivo de que, aparentemente, a corrente geralmente aceita tenha sido proposta (…)

No primeiro capítulo ele mostra que a própria ciência está exigindo um novo conceito de mundo que é não fragmentado no sentido de que o atual método para analisar separadamente as diferentes partes que fazem o mundo não funciona muito bem na física moderna. É mostrado que, tanto na teoria da relatividade quanto na teoria quântica, algumas noções que supunham a totalidade indivisa do universo forneceriam um método muito mais ordenado para considerar a natureza geral da realidade.

No segundo capítulo, penetramos no papel que a linguagem desempenha na fragmentação do pensamento. Ele se destacou que a estrutura – Verb-objeto assunto das línguas modernas assume que toda ação surge em um assunto isolado eo utiliza em um objeto isolado ou em forma reflete, sobre o mesmo assunto. Essa estrutura onipresente em nosso pensamento nos leva, ao longo de nossas vidas, a uma fragmentação da totalidade da existência em entidades separadas, consideradas essencialmente fixas e estáticas em sua natureza. É por isso que nos perguntamos se seria possível experimentar formas de linguagem novo, em que o papel básico foi dado ao verbo, antes do nome. O que propomos aqui não é uma nova linguagem como tal, mas sim uma nova maneira de usar a linguagem existente: o reomodo (modo de fluxo).

No terceiro capítulo, consideramos os mesmos problemas em um contexto diferente. Começa com uma discussão sobre se a realidade pode ser considerada, em essência, como um conjunto de formas situadas em um movimento ou processo universal subjacente, e então, se nosso conhecimento puder ser considerado da mesma maneira. Assim, o caminho pode estar aberto a um conceito de mundo no qual a consciência e o mundo real não seriam mais separados um do outro. Esta questão é discutida em profundidade, e chegou ao conceito de que a nossa noção geral do mundo é, em si, um movimento de pensamento como um todo, que deverão ser viáveis ​​no sentido de que todas as atividades que dela decorrem são de geralmente em harmonia, uns com os outros e com respeito à totalidade da existência. Esta harmonia é apenas possível se a própria noção de que o mundo está envolvido em um processo de Desenvolvimento, Evolução e desdobramento sem fim, o que corresponde a parte Uma Que É do Processo base universal de toda a existência.

Os próximos três capítulos são muito mais técnicos e matemáticos. Em qualquer caso, uma grande parte deles pode ser entendida pelo leitor desconhecido, uma vez que argumentos técnicos não são essenciais para entender o resto, embora acrescentem conteúdo significativo àqueles que podem segui-los.

O quarto capítulo trata das variáveis ocultas na teoria quântica. A teoria quântica é, por enquanto, o método básico mais útil disponível à física para compreender as leis fundamentais e universais da matéria e seu movimento. Portanto, é claro que deve ser seriamente considerado em qualquer tentativa de desenvolver um conceito global do mundo.

A teoria quântica, como é agora formulada, nos apresenta um grande desafio, se estivermos interessados ​​em tal aventura, porque nesta teoria não existe uma noção absolutamente constante sobre o que pode ser a realidade sob a qual a constituição e a estrutura estão subjacentes. universal da matéria. Assim, se pretendemos usar o conceito mais aceito sobre o mundo, que é baseado na teoria das partículas, descobriremos que “partículas” (por exemplo, elétrons) também podem se manifestar como ondas , que podem se mover de uma maneira. descontínuo; que não existem leis que possam ser aplicadas em detalhe aos movimentos reais das partículas individuais, e que apenas as previsões estatísticas possam ser feitas em grandes conjuntos de tais partículas. Se, por outro lado, aplicarmos o conceito de mundo àquele em que o universo é considerado como um campo contínuo, descobriremos que esse campo também pode ser descontínuo, como acontece com partículas, e é tão incorporado a seu comportamento atual, da mesma forma que acontece com o conceito de partícula em sua relação com o todo.

Parece claro, então, que nos deparamos com uma profunda e radical fragmentação, bem como uma total confusão, se tentarmos pensar no que pode ser a realidade com que nossas leis físicas lidam. Atualmente, os físicos tendem a evitar esse problema e afirmam que nossas visões globais sobre a natureza do mundo físico têm pouca ou nenhuma importância. Assume-se que tudo o que importa na teoria física é o desenvolvimento de equações matemáticas que nos permitem prever e direcionar o comportamento de grandes conjuntos estatísticos de partículas. Este propósito não é considerado apenas por sua utilidade prática e técnica: ao contrário, passou-se a supor que tal previsão e direção é tudo o que interessa ao conhecimento humano.

Certamente, esse tipo de suposição está de acordo com o espírito geral do nosso tempo, mas a principal proposta deste livro é que não podemos, felizmente, dispensar o conceito global do mundo. Se pretendemos fazê-lo, descobriremos que perdemos todos os conceitos do mundo (geralmente inadequados) que poderíamos ter em mãos. De fato, percebe-se que os físicos não podem mergulhar agora em cálculos de previsão e controle: eles precisam usar imagens baseadas em certos tipos de noções gerais sobre a natureza do mundo físico, como “partículas que são os tijolos do universo”; mas essas imagens são agora muito confusas (por exemplo: essas partículas se movem descontinuamente e também são ondas). Resumindo: nos encontramos diante de um exemplo de quão profunda e premente é a necessidade de manter algum tipo de noção do mundo real em nosso pensamento, mesmo que seja fragmentário e confuso (…)

O quarto capítulo também se preocupa em fornecer um começo para o desenvolvimento de uma visão coerente do tipo de realidade que pode ser a base das predições matemáticas corretas alcançadas com a teoria quântica. Em geral, essas tentativas foram recebidas pela comunidade dos físicos de uma maneira bastante confusa, já que a grande maioria deles acha que qualquer conceito geral do mundo deveria ser admitido como uma noção “recebida” e “final” sobre a natureza do mundo físico. Desde o início, minha posição tem sido que nossas noções sobre cosmologia e a natureza geral do mundo físico estão em um processo contínuo de desenvolvimento, e que devemos começar com idéias que são apenas uma espécie de melhoria sobre o que tem foi útil até agora e continue daí para ideias melhores. Este capítulo também apresenta os problemas, real e séria, com a qual qualquer tentativa de alcançar uma noção consistente da “realidade quântica-mecânica” é enfrentada, e aponta algumas abordagens preliminares para a solução desses problemas em termos de variáveis ​​ocultas.

J.Krishnamurti e David Bohm – O Pensamento é Limitado – 1º Diàlogo (abra a legenda no vídeo)

J.Krishnamurti e David Bohm – Existe a evolução da consciência? – 2º Diàlogo (abra a legenda no vídeo)

Relacionamento com Krishnamurti…

A personalidade de Bohm era muito complexo, e uma de suas principais características era que sua vida não separar do seu trabalho científico e as suas ideias filosóficas, mas tentou a cobrir tudo globalmente. Desta forma, quando confrontado com obstáculos em sua interpretação da realidade, ele não tinha escrúpulos em se afastar do campo da física e entrar na filosofia ou mesmo no misticismo. Nesse contexto, entendemos sua relação com Jiddu Krishnamurti . Depois de ler alguns de seus livros. Em 1983 ele pôde fazer contato com ele, eles se tornaram amigos, ele pertencia ao seu círculo íntimo e eles realizaram uma série de diálogos que refletiam a visão de mundo de um guia espiritual oriental e de um cientista ocidental aberto a todos. . Nesses diálogos, alguns dos quais já publicados em livros e outros existem na forma de vídeos que podem ser vistos na internet , eles falam sobre o conhecimento humano, a realidade, a existência, a morte e o futuro da humanidade.

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Apesar de tudo o que fizeram juntos, a relação entre Bohm e Krishnamurti não terminou muito bem. O índio nunca considerou a física valiosa, e às vezes tratava Bohm com muita crueldade, como se ele fosse uma criança estúpida que não era capaz de apreciar toda a sua ampla sabedoria. Além do relacionamento com Bohm, Krishnamurti era tão egoísta e tão convencido de seu caráter quase divino que acreditava que só ele, entre todos os mortais, sabia a verdade sobre todas as coisas. Mas ele estava longe de viver uma vida de santidade e pureza, já que sua amante era Rosalind, a mulher de seu amigo mais íntimo e associado, Desikacharya Rajagopalacharya, com quem ele teve um relacionamento secreto por quase trinta anos, com gravidezes e abortos incluídos, sem que Raja descobrisse. Raja perdoou sua esposa , mas depois do intervalo entre ele e Krishnamurti para a razão que temos narrado, a inimizade cresceu ainda mais porque ele denunciou seu ex-amigo por alegada má gestão dos fundos, a que esta respondeu uma reclamação de difamação. Bohm, ao saber de todo o caso, caiu em uma de suas freqüentes depressões.

Devemos acrescentar que seus contatos com personagens do campo da espiritualidade não se limitaram a Krishnamurti, uma vez que ele também teve uma série de encontros com o Dalai Lama.

J. Krishnamurti – Brockwood Park 1980 – 12ª Conversa com David Bohm – A inteligência do amor (abra a legenda no vídeo)

No diálogo e nos últimos anos…

Bohm publicou um livro com este título e considerou o diálogo como um caminho para a aprendizagem e a sabedoria. A fragmentação da nossa cultura pode ser superada através da consciência coletiva e criativa que é estabelecida através do diálogo. Ele também defendeu as virtudes do diálogo como uma forma de socioterapia, para ajudar o indivíduo a se integrar na sociedade graças às conquistas obtidas em um grupo de diálogo específico . Grupos de “diálogo bohmiano” foram inaugurados sob sua influência .

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David Bohm

No início dos anos oitenta, ele começou a ter problemas cardíacos e teve que passar por várias operações . Por outro lado, nessa mesma época, ele teve outro surto de depressão que, em maior ou menor grau, o acompanhou durante toda a sua vida. Por não responder à medicação convencional teve que ser internado em um hospital psiquiátrico, onde passou vários meses. Ele também passou por terapia psicanalítica por muitos anos. Como ele não parecia melhorar por procedimentos convencionais, foi sugerido pela eletroconvulsoterapia, que, após catorze sessões, melhorou seu humor até certo ponto, mas que o levou a sofrer, como efeito colateral, problemas de memória .. Ciente de que apenas a atividade permanente o libertou da depressão profunda, ele continuou trabalhando como professor emérito até o dia de sua morte . Um dia, ao voltar de trabalhar em um táxi, ele sofreu um ataque cardíaco. Depois que o motorista de táxi o levou para a porta de sua casa, Sarah o levou para o hospital enquanto tentava reanimá-lo. No hospital eles tentaram as técnicas típicas de ressuscitação, mas tudo em vão. Era 27 de outubro de 1992 e David Bohm tinha 74 anos. Fonte

Conversation with Professor David Bohm(abra a legenda no vídeo)

Livros em Português:

  • Totalidade e a Ordem Implicada em PDF
  • Teoria da Relatividade Restrita
  • Causalidade e Acaso na Física Moderna
  • Pensamento como um Sistema
  • Diálogo Comunicação e Redes de Convivência
  • Sobre a Criatividade
  • Fundamentos da Física 1
Bibliografia
– Bohm, David & Krishnamurti, Jiddu, Os limites do pensamento . Editorial Kairós.
– Bohm, David & Peat, David, Ciência, ordem e criatividade . Editorial Kairós (http://www.editorialkairos.com).
– Bohm, David, “Uma Interpretação Sugerida da Teoria Quântica em Termos de Variáveis ​​Ocultas”. Phys Rev. 85, (1952).
– Bohm, David, Casuality e Chance em Física Moderna . Routledge & K. Paul, 1957. Edição em espanhol : Causalidade e acaso na física moderna . Universidade Nacional Autônoma do México .
– Bohm, David, A ordem inteira e implícita (Editorial Kairós, Informações sobre o livro em: http://www.editorialkairos.com/catalogo/la-totalidad-y-el-orden-implicado).
– Bohm, David, Teoria Quântica . Publicações Courier Dover.
– Bohm, David, Sobre o diálogo . Editorial Kairós.
– Cushing, James T., Conceitos Filosóficos em Física . Cambridge University Press.
– Cushing, James T., Mecânica Quântica: Contingência Histórica e a Hegemonia de Copenhague . A Universidade de Chicago Press.
– Freire, Olival, “Ciência e exílio: David Bohm, a guerra fria e uma nova interpretação da mecânica quântica”. HSPS , Volume 36, Parte I.
– Freire, Olival, David Bohm e controvérsia dois quanta . ColeÇao CLE.
– Gardner, Martin, “David Bohm e Jiddo Krishnamurti”. Skeptical Inquirer , de julho de 2000 (http://thinkg.net/david_bohm/martin_gardner_on_david_bohm_and_krishnamurti. Html ).
– Hiley, Basil & Peat, David, Implicações Quânticas: Ensaios em homenagem a David Bohm . Routledge e Kegan Paul.
– Mantendo Will, “Lifework de David Bohm” (http://www.vision.net.au/~apaterson/science/david_bohm.htm).
– Olwell, Russell, “isolamento físico e marginalização na física”. Isis , 1999, 90: 738-756.
– Peat, David, Potencial Infinito: A Vida e os Tempos de David Bohm . Livros de hélice.

David Bohm, um físico heterodoxo…

Monografias.comPoderíamos imaginar o místico como alguém em contato com as espantosas profundezas da matéria ou da mente sutil, não importa o nome que lhes atribuamos. ~David Bohm~

Físico norte-americano, David Bohm foi aluno de J. Robert Oppenheimer e durante a Segunda Guerra Mundial estudou os efeitos do plasma nos campos magnéticos, e trabalhou para o desenvolvimento da bomba atômica. Trabalhou também com Einstein, na Universidade de Princeton. Suas contribuições para a física, principalmente na área da mecânica quântica e teoria da relatividade, foram significativas. Ainda como estudante de pós-graduação em Berkeley, chegou a uma teoria que desempenha papel importante nos estudos da fusão – fenômeno hoje conhecido como “difusão de Bohm”. Seu primeiro livro, Teoria quântica, publicado em 1951, foi considerado por Einstein a exposição mais clara que ele já havia visto sobre o assunto.

Em colaboração com Karl Pribram, neurocientista de Stanford, estabeleceu a fundamentação para a teoria de que o cérebro funciona de forma similar a um holograma, segundo princípios matemáticos e padrões de ondas.

As visões científica e filosófica e Bohm são inseparáveis. Em 1959, lendo um livro do filósofo indiano Krishnamurti, realizou o quanto suas próprias idéis sobre mecânica quântica se fundiam com as idéias filosóficas de Krishnamurti, com que atou uma forte amizade. Juntos, promoveram palestras e debates sobre assuntos importantes e que depois foram publicados em livros. Em seu livro Totalidade e Ordem Implícita, de 1980, trouxe a teoria sobre as variáveis ocultas e a interpretação superficial da mecânica Quântica, propondo que uma ordem oculta atua sob aparente caos e falta de continuidade das partículas individuais de matéria descritas pela mecânica quântica. Bohm, a exemplo de Einstein, mas por razões diferentes, nunca aceitou as interpretações correntes da teoria quântica.

A Teoria da Ordem Implícita…

A idéia básica da ordem implícita: “Em geral, a totalidade da ordem abrangente não pode se tornar manifesta para nós; somente um certo aspecto dela se manifesta. Quando trazemos essa ordem abrangente para o aspecto manifesto, temos uma experiência de percepção. Mas isso não quer dizer que a totalidade da ordem seja apenas aquilo que se manifesta. Na visão cartesiana, a totalidade da ordem, pelo menos potencialmente, é manifesta, embora não saibamos como manifesta-la por nós mesmos. Precisaríamos de microscópios, telescópios e outros instrumentos mais”.

A sugestão básica da teoria de Bohm, de início, é a de que vivemos num mundo multidimensional e a nossa moradia está situada no nível mais óbvio e superficial: o mundo tridimensional dos objetos, espaço-tempo, ou seja, na ORDEM EXPLÍCITA. Neste nível, explica Bohm, “a matéria é de graduação densa, e embora possa ser descrita em relação a si mesma, não é a maneira de explicá-la e entendê-la com clareza. Infelizmente, nesse nível, é que muitos físicos trabalham hoje em dia, apresentando suas descobertas na forma de equação de significado obscuro“.

Então, o que fazer? Bohm indica o caminho: avançar para um nível mais profundo, para a ORDEM IMPLÍCITA, a fonte ou fundo abrangente de toda a nossa experiência física, psicológica e espiritual. Esta fonte está situada numa dimensão de extrema sutileza, ou seja, na ORDEM SUPERIMPLÍCITA. E não termina aí, pois além dela pode-se postular muitas ordens semelhantes “mergulhando numa fonte ou esfera infinita n-dimensional“. A filósofa Renèe Weer perguntou a Bohm em entrevista se isso ocorreria como na teoria de campo de Einstein. Bohm respondeu: “Na ordem implícita, não somente lidamos sempre com o todo (como faz a teoria de campo), mas também dizemos que as conexões do todo nada têm a ver com a localização no espaço e no tempo, mas com uma qualidade inteiramente diversa, denominada abrangência”. A entrevistadora pediu maiores explicações: “em outras palavras, o importante é inexistência de locais de cruzamento ou travessia?”, perguntou ela. A resposta de Bohm: “Nos modelos antigos, ou uma partícula cruza um lugar, ou uma força ou campo de energia cruza esse lugar; portanto, do ponto de vista da ordem implícita, não vemos distinção fundamental entre Einstein e Newton. Dizemos que são diferentes, mas ambos diferem na mesma medida da ordem implícita”.

O Holomovimento…

Ao fundo vasto e dinâmico desta teoria, Bohm chamou Holomovimento. Segundo Bohm, o holomovimento está situado na esfera do que é manifesto. O movimento básico do holomovimento é o recolhimento e o desdobramento.

“Afirmo que toda a existência é, basicamente, um holomovimento que se manifesta numa forma relativamente estável”

Bohm explica que o fluxo está, pelo menos, numa condição de equilíbrio “fechando-se como vórtice que se fecha sobre si mesmo, embora continue a mover-se”. 

A entrevistadora quis saber mais:
– O senhor disse que essas seriam formas mais densas de matéria e não mais sutis ou menos estáveis.

Bohm: “Digamos que são formas mais estáveis de matéria. Veja, até a nuvem conserva uma forma estável, de modo a ser vista como uma manifestação do movimento do vento. Da mesma maneira, a matéria como que formaria nuvens no interior do holomovimento e elas manifestariam o holomovimento aos nossos sentidos e pensamentos comuns”. 
– Seriam todas as entidades e… nós mesmos, com todas as nossas faculdades, formas do holomovimento?
Bohm: “Sim, e também as células, os átomos. Acrescento que isso começa a favorecer a compreensão da mecânica quântica: esse desdobramento constitui uma idéia direta do que é entendido pela matemática da mecânica quântica. Estamos falando precisamente sobre o que é chamado de transformação unitária ou descrição matemática básica do movimento na mecânica quântica. Trata-se simplesmente da descrição matemática do holomovimento”.

Você não vê o vento, apenas os efeitos do vento. ~Robert Kirshner~

Relação entre o Holomovimento e a Matemática da Moderna Teoria Quântica…

Bohm: “A matemática moderna da teoria quântica considera a partícula como um estado quantizado do campo, isto é, um campo espalhado no espaço, mas, de alguma forma misteriosa, dotado de um quantum de energia. Cada onda do campo apresenta um certo quantum de energia proporcional à sua freqüência. Considerando-se o campo eletromagnético no espaço vazio, por exemplo, verá que cada ponto possui aquilo que se chama energia em ponto zero, abaixo do qual não pode descer, mesmo não havendo energia disponível. Se se pudesse juntar todas as ondas em uma região qualquer, se descobriria que estão dotadas de uma quantidade infinita de energia já que é possível um número infinito de ondas. Entretanto, talvez se esteja certo em supor que a energia não pode ser infinita, que não é possível continuar adicionando infinitamente ondas cada vez mais curtas, cada qual contribuindo para a energia. Deverá haver uma onda de comprimento mínimo, caso em que o número total de ondas saia finito, como finita também seria a energia.

Qual seria o comprimento mínimo? Parece existir razão para suspeitar que a teoria gravitacional será capaz de proporcioná-lo, de acordo com a relatividade geral, o campo gravitacional também determina a significação de comprimento e mensuração. Quando afirmamos que o campo gravitacional é constituído de ondas quantizadas dessa forma, descobre-se que existe um determinado comprimento abaixo do qual o campo gravitacional se tornaria indefinível em virtude do movimento em ponto zero; não se poderia, então, definir o comprimento. Assim, pode-se afirmar que a propriedade da mensuração, o comprimento, desaparece a curtas distâncias, num local em torno de 10-33 cm. É uma distância bem pequena, pois as distâncias mais curtas que os físicos demonstraram são de 10-16 cm, mais ou menos, ou seja, um longo caminho a percorrer. Caso se avaliasse a quantidade de energia no espaço, com essa onda de comprimento mínimo, concluir-se-ia que a energia existente num centímetro cúbico ultrapassa e muito a energia total da matéria conhecida no universo. Como entender tal coisa?

A teoria moderna afirma que o vácuo contém toda a energia até então ignorada (pelos físicos) por não poder ser mensurada por instrumentos. Ora, nos termos da filosofia, apenas o que pode ser mensurado por instrumentos dever ser considerado real, em que pese o fato de alguns físicos informarem a existência de partículas absolutamente não-mensuráveis por qualquer instrumento. Só o que se pode dizer é que o atual estágio da física teórica implica a aceitação de que o espaço vazio possui essa energia, sendo a matéria tão somente um pequenino desdobramento dela. Assim, a matéria não passa de uma minúscula onda nesse portentoso oceano de energia, embora dotada de relativa estabilidade e revestida de caráter manifesto. Adianto, pois, que a ordem implícita aponta para uma realidade que ultrapassa de muito aquilo que denominamos matéria. A matéria é apenas uma ondazinha nesse contexto (…) Nesse oceano de energia, precisamente, que não está primordialmente no tempo e no espaço, mas na ordem implícita (…) Não manifesta. E pode manifestar-se nessa pequenina porção de matéria (…) Supõe-se que a fonte última é imensurável, fora do alcance de nosso conhecimento. São estes os termos da física contemporânea.”

Bohm faz uma importante descoberta, esclarecendo como a energia que emana do TODO, da ordem implícita, pode assumir aspectos diferentes em indivíduos diferentes. Ele esclarece as dúvidas dizendo que “o Todo é enriquecido pela introdução da diversidade e pela realização da unidade da diversidade (…) A individualidade só é possível enquanto desdobramento do todo. Seria ela, então, um egocentrismo?” O cientista-filósofo afirma que o egocentrismo não pode ser confundido com individualidade, o primeiro é baseado na auto-imagem, um erro, uma ilusão. A segunda desdobra-se a partir do todo de maneira particular e num momento particular”.

A Evolução…

A natureza, sob determinados aspectos, cria através da evolução. Bohm já havia manifestado, na sua teoria, assertivas que nos lembram muito a filosofia budista:
“Somos capazes de ordenar o que fazemos. Podemos desempenhar um papel funcional na produção de uma ordem superior, que seria inviável sem nós. Não apenas a modificamos levemente, mas, principalmente, embora provoquemos minúsculas mudanças no todo, isso é crucial para que essa ordem possa transformar-se em algo novo, capaz de por em ação o seu potencial… Somos parte do movimento, não há separação entre eu e ele; somos parte da maneira com que se molda a si próprio.”

O Gênesis – A Criação do Universo…

“A idéia atual do universo pode representar algum estágio de um universo maior, um universo de luz. Até onde podemos perceber, esse universo de luz é eterno. Entretanto, a certa altura, alguns desses raios luminosos se juntaram e produziram a grande explosão – o Big-Bang. Isso desencadeou o nosso universo, que também terá um fim”.
O cientista especifica onde está situado este universo luminoso – além do tempo – o que pode significar que existam outros universos além do nosso, com várias idades, várias eternidades e, necessariamente, não serão sucessivos.

Descartes, na física, vê o movimento como sendo uma entidade ou qualquer coisa que se mova de um ponto a outro. O holomovimento de Bohm não concorda com o pensamento cartesiano, o seu holomovimento é MANIFESTAÇÃO e NÃO-MANIFESTAÇÃO. Nele, a ordem implícita se torna manifesta e não-manifesta, e assim por diante.

Algo que nos lembra a filosofia hindu da Criação…

As pessoas intuem uma forma de inteligência que, no passado, organizou o universo, e a personalizam chamando-a Deus. ~David Bohm~

O Universo Pensa? Criação e Seleção…

“Sendo a ordem explícita – o universo de luz – a FONTE de toda a manifestação, podemos supor que, talvez, o universo PENSA, ou algo assim (…) O universo tenta uma variedade de formas. A seleção natural explica como as coisas sobrevivem depois de sua emergência ou aparição, mas não explica porque tantas formas surgiram. Parece existir uma tendência em produzir formas e estruturas, sendo a sobrevivência ou seleção natural um mero mecanismo que escolhe as formas destinadas a durar. Toda forma incompatível consigo mesma ou com o meio ambiente está fadada ao desaparecimento. Penso que o universo aprende.”

Algo que nos lembra a Teoria das Idéias de Platão, onde o universo seria o Demiurgo…

A Produção de Formas…

“Observando a natureza, veremos que formas elaboradas e complexas não podem ser explicadas pela mera exigência da sobrevivência. Se nossa noção de tempo postula a criatividade de cada momento, então, a todo o momento, é possível que surjam novas estruturas, coexistindo com algumas antigas. Podemos então dizer que a natureza está constantemente explorando novas estruturas de maneira intencional, e, quando estas se mostram capazes de sobreviver (mediante processo de reprodução), tomam corpo e se tornam estáveis”.

“A semente: energia e nutrientes vêm do sol, do ar, da terra, da água e do vento, mas a própria semente tem pouquíssima energia. No entanto, possui a forma da planta e essa minúscula energia ou forma se imprime em todos os outros fatores para produzir a planta. Essa pitada de energia governa, de algum modo, o desenvolvimento subseqüente, de modo que o sistema inteiro se destina à produção e uma planta e não de um cão, de um gato ou de outra coisa qualquer… Pensamento e matéria são ordens muito parecidas. Podemos dizer que a natureza ou a matéria também é criatividade e pensamento intuitivo. Assim, num certo sentido, a natureza tem vida. E inteligência. Ela é mental e material, como nós. Se alguém é percebido como inimigo, a matéria se organiza de maneira diferente do que o faria caso se tratasse da percepção de alguém amistoso. O elétron faz praticamente o mesmo que nós, ao reagir a determinada situação. Ele observa o ambiente.”

Leia abaixo para melhor entender:

O DNA E AS EMOÇÕES…

A seguir três experimentos com o DNA (ADN) que provam as qualidades e auto-cura do mesmo em consonância com os sentimentos da pessoa, como foi relatado por Gregg Braden em seu programa intitulado Curando Corações/Curando Nações: A Ciência da Paz e o Poder das Orações:

EXPERIMENTO #1

O primeiro experimento foi realizado pelo Dr. Vladimir Poponin, da Academia Russa de Ciência. Nesta experiência começou-se por esvaziar um recipiente (quer dizer que se criou um vazio em seu interior) e o único elemento deixada dentro foram fótons (partículas de luz). Foi medida a distribuição destes fotons e descobriu-se que estavam distribuidos aleatoriamente dentro deste recipiente. Este era o resultado esperado.

Então foi colocada dentro do recipiente uma amostra de DNA e a localização dos fótons foi medida novamente. Desta vez os fótons haviam se ORGANIZADO EM LINHA com o DNA. Em outras palavras, o DNA físico produziu um efeito nos fótons não-físicos.

Depois disto, a amostra de DNA foi removida do recipiente e a distribuição dos fótons foi medida novamente. Os fótons PERMANECERAM ORDENADOS e alinhados onde havia estado o DNA. A que estão conectadas as partículas de luz?

Gregg Braden diz que estamos impelidos a aceitar a possibilidade que exista um NOVO campo de energia e que o DNA está se comunicando com os fótons por meio deste campo.

EXPERIMENTO # 2

Este experimento foi levado a cabo pelos militares. Foram recolhidas amostras de leucócitos (células sanguíneas brancas) de um número de doadores. Estas amostras foram colocadas em um local equipado com um aparelho de medição das mudanças elétricas. Nesta experiência, o doador era colocado em um local e submetido a “estímulos emocionais” provenientes de vídeoclips. O DNA era colocado em um lugar diferente do que se encontrava o doador, mas no mesmo edifício.

Ambos, doador e seu DNA, eram monitorados, e quando o doador mostrava seus altos e baixos emocionais (medidos em ondas elétricas), o DNA expressava RESPOSTAS IDÊNTICAS e AO MESMO TEMPO. Não houve lapso e retardo de tempo de transmissão. Os altos e baixos do DNA COINCIDIRAM EXATAMENTE com os altos e baixos do doador.

Os militares queriam saber o quão distantes podiam ser separados o doador e seu DNA e continuarem observando este efeito. Pararam de experimentar quando a separação atingiu 80 kilometros entre o DNA e seu doador e continuaram tendo o MESMO resultado. Sem lapso e sem retardo de transmissão.

O DNA e o doador tiveram as mesmas respostas ao mesmo tempo. Que significa isto? Gregg Braden diz que isto significa que as células vivas se reconhecem por uma forma de energia não reconhecida anteriormente. Esta energia não é afetada pela distância e nem pelo tempo. Esta não é uma forma de energia localizada, é uma energia que existe em todas as partes e todo o tempo. 

EXPERIMENTO #3

O terceiro experimento foi realizado pelo Instituto Heart Math e o documento que lhe dá suporte tem este título: Efeitos locais e não locais de freqüências coerentes do coração e alterações na conformação do DNA (Não se fixem no título, a informação é incrível!)

Este Experimento relaciona-se diretamente com a situação do Antrax. Neste experimento tomou-se o DNA de placenta humana e colocou-se em um recipiente onde se podia medir as alterações do mesmo. Vinte e oito amostras foram distribuídas, em tubos de ensaio, ao mesmo número de pesquisadores previamente treinados. Cada pesquisador havia sido treinado a gerar e sentir sentimentos, e cada um deles podia ter fortes emoções. O que se descobriu foi que o DNA MUDOU DE FORMA de acordo com os sentimentos dos pesquisadores.

  1. Quando os pesquisadores sentiram gratidão, amor e apreço, o DNA respondeu RELAXANDO-SE, e seus filamentos esticando-se. O DNA tornou-se mais grosso.
  2. Quando os pesquisadores SENTIRAM raiva, medo ou stress, o DNA respondeu APERTANDO-SE. Tornou-se mais curto e APAGOU muitos códigos.

Você já se sentiu alguma vez “descarregado” por emoções negativas?Agora já sabe porque seu corpo também se descarrega! Os códigos de DNA conectaram-se novamente quando os pesquisadores tiveram sentimentos de amor, alegria, gratidão e apreço.

Esta experiência foi aplicada posteriormente a pacientes com HIV positivo. 

Descobriram que os sentimentos de amor, gratidão e apreço criaram RESPOSTAS DE IMUNIDADE 300.000 vezes maiores que a que tiveram sem eles. Assim, o que temos aqui é uma resposta que nos pode auxiliar a permanecermos com saúde, sem importar quão daninho seja o vírus ou a bactéria que esteja flutuando ao redor. Mantendo os sentimentos de alegria, amor, gratidão e apreço.

Estas alterações emocionais foram mais além de seus efeitos eletromagnéticos. Os indivíduos treinados para sentirem amor profundo foram capazes de mudar a forma de seu DNA. Gregg Braden diz que isto ilustra uma nova forma de energia que conecta toda a criação. Esta energia parece ser uma REDE ESTREITAMENTE TECIDA que conecta toda a matéria. Podemos influenciar essencialmente esta rede de criação por meio de nossas VIBRAÇÕES. 

O que tem a ver os resultados destas experiências com nossa situação presente? Esta é a ciência que nos permite escolher uma linha de tempo que nos permite estar a salvo, não importa o que aconteça. Como Gregg explica em seu livro O efeito Isaías, basicamente o tempo não é apenas linear (passado, presente e futuro) mas também é profundidade. A profundidade do tempo consiste em todas as linhas de tempo e de oração que possam ser pronunciadas ou que existam. Essencialmente, suas orações já foram respondidas. Simplesmente ativamos a que estamos vivendo por meio de nossos SENTIMENTOS.

É assim que criamos nossa realidade, ao escolhermos nossos sentimentos. Esses sentimentos estão ativando a linha do tempo por meio da rede de criação, que conecta a energia e a matéria do universo. Lembre-se que a lei do Universo é que atraímos aquilo que colocamos em nosso foco. Se focas em temer qualquer coisa seja lá o que for, estás enviando uma forte mensagem ao Universo para que te envie aquilo a que mais temes. Em troca, se puderes manter-te com sentimentos de alegria, amor, apreço ou gratidão, e focar em trazer mais disto para tua vida, automaticamente irás afastar o negativo.

Estarias escolhendo uma LINHA DE TEMPO diferente com estes sentimentos. Sendo assim, esta é uma proteção para o que vier: Busque algo pelo qual estar alegre todos os dias, cada hora se possível, momento a momento, ainda que sejam alguns poucos minutos. Esta é a mais fácil e melhor das proteções que podes ter.

Fonte:Gregg Braden

A matéria…

Bohm, falando sobre a metáfora existente no misticismo (iluminado, iluminação, fez-se a luz):
“Quando um objeto se aproxima da velocidade da luz, segundo a relatividade, seu espaço interno e seu tempo interno mudam; o relógio se atrasa em relação a outras velocidades e a distância é encurtada. Descobre-se que as duas extremidades do raio luminoso não guardam tempo ou distância entre si, representando conseqüentemente um contato imediato (esclarecido pelo físico G. N. Lewis nos anos 20). No ponto de vista da moderna teoria de campo, os campos fundamentais são os dotados de energia superior, em que a massa pode ser negligenciada; eles poderiam se mover à velocidade da luz. A massa é um fenômeno originado da conexão dos raios luminosos em seu avanço e recuo, uma espécie de consolidação num dado esquema. Então, é como se a matéria fosse luz consolidada, congelada. A matéria não se constitui apenas de ondas eletromagnéticas, mas, num certo sentido, de outros tipos de ondas que avançam à mesma velocidade. Portanto, toda a matéria é condensação de luz em esquemas que avançam e recuam a velocidades médias, inferiores à da luz. O próprio Einstein teve vislumbres dessa idéia. Diríamos que vir à luz, significa assumir a atividade fundamental onde a existência se embasa, ou, pelo menos, aproximar-se disso. A luz é o meio através do qual o universo inteiro se concentra em si mesmo… É uma condição real, pelo menos no quadro da física… A luz é energia, informação. Conteúdo, forma e estrutura. É o potencial de tudo”.

A física…

“A física moderna não passa de um sistema destinado a computar e fornecer resultados empíricos. De fato, considero que toda a idéia nova deve pressupor o livre jogo da mente, sem demasiada consideração pelos resultados empíricos”.

Bohm acreditava na consciência como algo não separado da matéria e do processo neurofisiológico. Perguntado se os físicos convencionais aceitariam a sua teoria, Bohm respondeu – “Eles já aceitaram”, mas acrescentou também que eles diziam-lhe o seguinte: “Para que serve? Não produz nada diferente daquilo que já fizemos. Só nos interessam resultados empíricos. Levaremos isso em consideração quando começar a fazê-lo, levaremos tudo em consideração”.
O físico lamentou então “um dos erros da ciência”, também os estendendo à nossa sociedade: “O resultado empírico como principal objetivo é o que se apresenta como verdade, desde que tenha por trás de si argumento lógico-matemático”.

“O ensino da física decaiu muito; foi se tornando cada vez mais dogmático e mecânico, o que é lamentável. Todas as questões candentes dos anos 30 se desvaneceram completamente. O que se faz hoje é apresentar fórmulas aos estudantes e declarar: ‘Isso é a mecânica quântica’. E assim a nova geração vai escrevendo livros sem uma base sólida, esquecendo as profundas questões filosóficas que sempre foram o sustentáculo da abordagem total da física”.

Além de clara e profunda, a teoria de Bohm tem o mérito de poder ser considerada a primeira, em todos os tempos, a revelar e provar no plano científico algumas verdades seculares que até então podiam apenas ser aceitas e compreendidas pela fé. ~Eduardo C. Borgonovi~

Bibliografia:
· Diálogos com Cientistas e Sábios –Renèe Weber ed. Cultrix
· O livro das Revelações – Eduardo Castor Borgonovi – ed. Alegro
· Krishnamurti, & D. Bohm – Truth and Actuality – Victor Gollanez Ltd.
· A Totalidade e a Ordem Implicada – David Bohm – São Paulo – Cultrix.

Referência:
Jornal Infinito;
Wikipedia;
Expressionismo nas ciências;
Holocosmologia