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Viagem no tempo, ao Pensar no futuro ou no passado nos movemos de verdade…

Percepção do espaço e do tempo

Embora tecnicamente viajar no tempo é algo que a mecânica quântica, psicologia, a neurociência e a física quântica estudam e pesquisam, quando pensamos no passado ou no futuro fazemos uma espécie de viagem mental no tempo.

Esta capacidade exclusivamente humana de viajar mentalmente através do tempo sem dúvida nos diferencia de outras espécies. Agora, pesquisadores analisaram como a viagem mental no tempo é representada no sistema sensório-motor que regula o movimento humano.

Os resultados mostram que as nossas percepções do espaço e do tempo estão intimamente ligados.

Viagem no tempo virtual

A viagem mental no tempo é imprecisa, pois nunca podemos recuperar eventos passados com total fidelidade ou saber exatamente o que acontecerá, mas é adaptável, pois aprimora o planejamento futuro e cria uma sensação de continuidade pessoal ao longo do tempo.
O registro da atividade cerebral sugere que a viagem mental no tempo não é exclusiva dos humanos, como muitas vezes se supõe, mas é uma adaptação que remonta à evolução embora nós humanos provavelmente permita mais detalhes e estrutura narrativa do que até mesmo, em nossos primos macacos.
A linguagem pode ter evoluído para nos permitir compartilhar nossas viagens mentais no tempo, e esse compartilhamento parece ser exclusivamente humano, uma adaptação à intensa estrutura social de nossas vidas.
O tempo é central para nossas experiências por muitos mundos, cada qual, está no seu próprio espaço temporal reservado. O tempo é gerado no tecido de nossas vidas. Tudo o que vivemos, o fazemos no tempo e ao longo dele. Assim, nossas vidas se estendem no tempo, desde o momento do nascimento até o momento de nossa morte. Isso é assim porque elas são basicamente histórias. Damos sentido a nós mesmos, hoje, entendendo quem éramos ontem, e anteontem; entendendo o que fizemos e por que o fizemos. Assim, precisamos do tempo para extrair sentido da experiência.
Nossas memórias moldam nosso eu presente, pois somos o produto de quem éramos e de quem nos lembramos de ser. No entanto, quem somos dura apenas um momento. É quem seremos que exige atenção.
Estamos sempre nos projetando no futuro. Planejamos meticulosamente as necessidades de nossos “eus futuros”, e, o tempo todo sabendo que, embora o que fazemos faça desses “eus futuros”, quem eles são, ainda assim, é um conjunto indescritível.
Portanto, não é simplesmente porque vivemos nossas vidas no tempo que alguém é capaz de viver um período na Austrália ou em Cingapura.

É difícil imaginar como as coisas poderiam ser de outra forma, entretanto, a mecânica que leva a possibilidade desses acontecimentos, é muito, muito diferente do que você já possa ter aprendido a esse respeito. No entanto, o próprio tempo é intangivel, e, assim mesmo, maleável.
Embora estejamos profundamente conscientes do que tem sido nossa experiência de dor e perda, arrependimento e orgulho, pavor e desejo, o tempo parece não ser afetado por qualquer coisa que façamos. Mas, isso é apenas uma ilusão, gerada pelo processamento do tempo pela dupla mente-cérebro.

Einstein teria dito que a única razão para o tempo, é a de evitar que tudo aconteça simultaneamente. Einstein já nos garantiu há muito tempo que espaço e tempo não são separados, mas uma entidade única que ele chamou de espaçotempo.

Os psicólogos Lynden Miles, Louise Nind e Neil Macrae, da Universidade de Aberdeen, no Reino Unido, fizeram um estudo para medir isso em laboratório.

Eles equiparam os participantes da pesquisa com um sensor de movimento, enquanto estes imaginavam eventos passados ou futuros.

Os pesquisadores descobriram que pensar sobre eventos passados ou futuros pode literalmente mover-nos, fisicamente. A “direção” dos pensamentos – passado ou futuro – foi detectada pelos sensores de movimento.

Cronestesia

As medições mostram que engajar-se em uma viagem mental no tempo (também conhecida como cronestesia) resultou em movimentos físicos correspondentes ao sentido metafórico do tempo.

Aqueles que pensavam no passado balançavam para trás, enquanto aqueles que pensavam no futuro moveram-se para a frente.

Estes resultados, publicados na revista Psychological Science, sugerem que a cronestesia pode ser baseada em processos que ligam as metáforas espaciais e temporais (por exemplo, o futuro = para a frente, passado = para trás) com os nossos sistemas de percepção e de ação.

“A incorporação do tempo e do espaço representa um marcador comportamental claro de uma operação mental, por todos os outros meios totalmente invisível”, explicam os pesquisadores. Fonte

  • Seta Psicológica do Tempo (Lembre-se do passado, não se lembre do futuro)
  • Flecha Termodinâmica do Tempo (Entropia Crescente)
  • Flecha Cosmológica do Tempo (Expansão do Universo)

É claro que há eventos repetidos-o nascer do sol, as fases da lua, a declaração de impostos mas nunca são repetições exatas; cada evento é um acontecimento singular (O Ser no Tempo).
Como disse o filósofo grego Heráclito, nunca se pode entrar duas vezes no mesmo río. A impossibilidade de reversão do tempo é às vezes demonstrada por um experimento mental, conhecido como paradoxo do avo, e atribuido ao escritor de ficção cientifica René Barjavel (1943).
Suponha que a reversão fosse realmente possível, de modo que um viajante do tempo pudesse voltar no tempo para quando seu avô ainda não havia gerado filhos e matá-lo. Isso significaria que ele, o viajante do tempo, nunca teria nascido e, portanto, não poderia ter viajado de volta no tempo. Fonte

Ninguém pode voltar no tempo e pisar igualmente no rio pela 1ª vez.

A natureza, abomina um paradoxo, entretanto, se ele voltou no tempo e encontrou o seu avô, significa que, o tempo não é realmente linear, e sim, apenas o percebemos dessa forma, como um truque da mente para explicar os acontecimentos. Então, talvez exista algo que possamos fazer a respeito dessa verdade, e talvez, remontar a nossa linha histórica individual e coletiva.
Em nossas mentes, podemos escapar das restrições do tempo fisico imaginando voltar no tempo para repetir eventos passados. A capacidade de fazer isso depende do que é conhecido como memória episódica, a memória de episódios especificos de nossas vidas, nos permitindo voltar no tempo e reviver mentalmente esses episódios.

A memória episódica se distingue da memória semântica, que compreende nosso conhecimento sobre o mundo e não está associada a pontos especificos do passado; também é diferenciada de memórias que são em grande parte inconscientes, como a memória para habilidades como andar de bicicleta ou amarrar cadarços dos sapatos. É por meio de nossas memórias episódicas que realmente parecemos capazes de pisar, mentalmente, se não fisicamente, no mesmo rio duas vezes ou mesmo quantas vezes quisermos.

Nossa capacidade de voltar mentalmente ao passado, no entanto, não resulta de uma simples inversão do tempo. Podemos voltar a uma memória de algum evento anterior, mas então o jogamos mentalmente para a frente, não para trás.

Parece que invertemos o tempo em saltos discretos, em vez de maneira contínua.
Por exemplo, as pessoas podem contar para trás, talvez com hesitação, mas cada número é repetido para a frente e não podemos nem começar a imaginar como eles soam para trás.

O que estamos então dizendo é que a frase “O Futuro do Passado” possa ser mais real do que o imaginado.

Em nossos movimentos imaginados sobre o mundo, às vezes podemos refazer nossos passos, talvez para descobrir onde podemos ter deixado cair um par de óculos, mas, novamente, não imaginamos realmente andando para trás, ou os óculos saltando do chão de volta para um bolso.
Embora possamos antecipar algum acontecimento planejado para o futuro, o tempo em si não pode ser provado. Embora possamos temer a consulta de um futuro dentista, o tempo em si não pode ser tocado. Embora nos lembremos do cair das folhas no outono passado, o próprio tempo não pode ser ouvido.

Então, como algo tão central para cada um de nós, para quem somos e com o que nos importa, possa ser tão espectral? O que, afinal, é o tempo? Ele flui como um rio, levando cada um de nós prisioneiro em sua corrente, levando-nos cada vez mais perto do fim de nossas vidas?

Ele é como uma onda crescente, chegando cada vez mais perto de cada um de nós vindo do futuro, nos engolfando e depois retrocedendo para o passado? Ou o tempo é estático?
Mas, se o universo é mental, e a realidade é tão somente uma projeção gerada pela dupla mente-cérebro, então, o tempo é uma malha totalmente fluida, tão maleável como uma massa de modelar. De fato, não é isso que oficialmente nos ensinam nas escolas, entretanto, os bancos de dados cientificos, nos levam a essas conclusões, tanto quanto muitos experimentos acadêmicos.
O Tempo seria como uma estrada de mão única que cada um de nós pode percorrer, sem chance de voltar atrás? Ou talvez o tempo seja como nenhuma dessas opções. Talvez ele seja como o espaço; algo que podemos navegar livremente, para que possamos visitar tempos diferentes, assim como visitamos lugares diferentes. Talvez possamos viajar no tempo da mesma forma que podemos viajar no espaço.

Para compreender a todas essas questões, precisaremos entender de onde surge o tempo, quem o cría e o altera, e como será possivel. não apenas gerar mais tempo, como também, bolhas de realidades distintas.
O Código da Vida, é o Código Fonte e os algoritmos que nos permitem alterar a nossa existência, a realidade percebida, visando uma vida muito melhor e feliz, em cada instante mágico.

Livro: Cosmos de Carl Sagan Pdf

Para finalmente entender a Teoria da Relatividade de Albert Einstein.
A Teoria da Relatividade: o passado, o presente e o futuro do tempo – Simplifísica.

Viajar no tempo, é o mesmo que viajar no espaço, porque o espaço se adapta ao processamento da ordem temporal. (isso é uma apologia ao que ocorre no metaverso) MP.PhD